São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 2006

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Desavenças entre sindicalistas rivais antecederam homicídio

DA REPORTAGEM LOCAL

O assassinato do sindicalista Josemir Gonçalves, 31, o Bruce Lee, em outubro de 1992, foi antecedido por uma série de desavenças entre ele e o grupo que comandava o sindicato.
A sede da entidade foi invadida e depredada pelos simpatizantes de Gonçalves cinco meses antes do homicídio.
Dois meses antes do assassinato, o grupo ligado a Bruce Lee protocolou uma denúncia na Justiça Trabalhista sobre supostas irregularidades administrativas e desvio de recursos pelo então presidente, José Carlos de Sena -agora acusado pelo próprio irmão de ter mandado matar Gonçalves.
Ex-integrante do Sindicato dos Condutores, Gonçalves foi um dos fundadores do outro sindicato, em 1989, mas não assumiu cargo na diretoria. Ele preferiu apoiar o nome de Sena para a presidência. Ficou nos bastidores, articulando a criação de novos sindicatos e dirigindo um grupo chamado "Voz dos Trabalhadores".
Abriu uma gráfica, a Pau-Brasil, em sociedade com Sena, no bairro do Ipiranga. A idéia era atender vários sindicatos.
Em 1992, Gonçalves mudou de planos. Passou a exigir de Sena e de seu grupo que os diretores sindicais fossem trocados. Não houve acordo, e os conflitos começaram.
Na mesma época, a Polícia Federal arquivou, alegando falta de provas, denúncia envolvendo Gonçalves em casos de desvio de recursos do Sindicato dos Condutores para campanhas eleitorais do PT.
Sindicalistas ouvidos pela polícia disseram ainda que o relacionamento entre Sena e Gonçalves não era bom -o que hoje é contestado por Sena.


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