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Desavenças entre sindicalistas rivais antecederam homicídio
DA REPORTAGEM LOCAL
O assassinato do sindicalista
Josemir Gonçalves, 31, o Bruce
Lee, em outubro de 1992, foi
antecedido por uma série de
desavenças entre ele e o grupo
que comandava o sindicato.
A sede da entidade foi invadida e depredada pelos simpatizantes de Gonçalves cinco
meses antes do homicídio.
Dois meses antes do assassinato, o grupo ligado a Bruce
Lee protocolou uma denúncia
na Justiça Trabalhista sobre
supostas irregularidades administrativas e desvio de recursos pelo então presidente,
José Carlos de Sena -agora
acusado pelo próprio irmão de
ter mandado matar Gonçalves.
Ex-integrante do Sindicato
dos Condutores, Gonçalves foi
um dos fundadores do outro
sindicato, em 1989, mas não
assumiu cargo na diretoria.
Ele preferiu apoiar o nome de
Sena para a presidência. Ficou
nos bastidores, articulando a
criação de novos sindicatos e
dirigindo um grupo chamado
"Voz dos Trabalhadores".
Abriu uma gráfica, a Pau-Brasil, em sociedade com Sena, no bairro do Ipiranga. A
idéia era atender vários sindicatos.
Em 1992, Gonçalves mudou
de planos. Passou a exigir de
Sena e de seu grupo que os diretores sindicais fossem trocados. Não houve acordo, e os
conflitos começaram.
Na mesma época, a Polícia
Federal arquivou, alegando
falta de provas, denúncia envolvendo Gonçalves em casos
de desvio de recursos do Sindicato dos Condutores para
campanhas eleitorais do PT.
Sindicalistas ouvidos pela
polícia disseram ainda que o
relacionamento entre Sena e
Gonçalves não era bom -o que
hoje é contestado por Sena.
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