Ao menos oito apartamentos do Residencial Bella Vista Suítes foram invadidos pelo grupo de homens armados

Segundo a polícia, principal alvo da ação era árbitro de futebol hospedado no local, que teve dinheiro, relógios, arma e bolas oficiais levadas

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Armados com pistolas e revólveres e se comunicando com o auxílio de radiotransmissores, dez ladrões fizeram um arrastão, na madrugada de ontem, no flat Residencial Bella Vista Suítes, na rua Conde de São Joaquim, no bairro da Bela Vista, centro de São Paulo.
Durante uma hora e meia, os ladrões invadiram ao menos oito apartamentos do flat e roubaram eletroeletrônicos, dinheiro (dólares, reais e libras esterlinas), relógios, jóias, roupas, laptops e celulares.
O alvo principal da ação, segundo a polícia, era o árbitro de futebol Dario Rossine de Freitas Góes, 44, que estava hospedado no apartamento de onde foram levados R$ 1.500, cinco relógios e duas bolas de futebol oficiais da Fifa. Um revólver calibre 38, registrado em nome Góes, e 80 cápsulas também foram levados do cofre do quarto.
O bandeirinha de futebol Roberto Braatz, 38, também foi roubado e ficou sem o celular.
Para enganar um dos porteiros do flat, dois dos ladrões o chamaram até o portão de entrada e disseram a ele que iriam visitar o "Dario, da Fifa".
Após rendê-lo, abriram o portão da garagem para a entrada de um Vectra prata, onde estava parte do restante da quadrilha. Em seguida, dois dos assaltantes foram até a lavanderia do flat, onde eram guardadas cópias de todas as chaves dos apartamentos do prédio e a lista com o nome dos moradores e dos hóspedes do prédio.
Ao todo, oito apartamentos foram abertos, e os moradores foram amarrados.
Para a polícia, o fato de os criminosos saberem da existência das cópias das chaves na lavanderia e da lista dos moradores mostra que eles podem ter recebido informações de algum ex-funcionário do local.
Antes de deixar o flat, os criminosos roubaram a fita do circuito interno de câmeras. Ontem, a Folha procurou a direção do flat, mas funcionários disseram que ninguém estava autorizado a falar sobre o crime. A Secretaria da Segurança Pública informou não ter quantificado quantos arrastões ocorreram neste ano na capital. Estimativa de policiais que investigam esse tipo de crime é de que ocorreram ao menos 30.


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