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VIOLÊNCIA
Sérgio David Nasser, gerente do Safra e ligado à família do ex-dono do Banco Excel, foi assassinado na Vila Olímpia
Parente de ex-banqueiro é morto em SP
ALEXANDRE HISAYASU
DA REPORTAGEM LOCAL
O jovem Sérgio David Nasser,
de 21 anos, foi assassinado com
três tiros na cabeça durante uma
suposta tentativa de assalto em
um cruzamento na Vila Olímpia,
em São Paulo. O crime ocorreu
por volta da 0h30 de ontem.
A vítima é parente de Ezequiel
Nasser, o ex-proprietário do Banco Excel, e trabalhava como gerente do Banco Safra.
De acordo com a polícia, Nasser
estava no banco do passageiro de
seu Astra, que era dirigido por
uma amiga, que não teve o nome
revelado pela polícia.
Quando eles pararam no semáforo da avenida Santo Amaro
com a rua Doutor Cardoso de
Melo, uma picape de cor escura
parou ao lado e homens não identificados desceram, segundo a
versão de testemunhas.
A garota foi agredida, ainda
dentro do carro, com puxões de
cabelo, segundo a polícia. Em seguida, o rapaz foi baleado. Os criminosos fugiram sem levar nada.
Nasser chegou a ser levado para
o hospital Santa Paula, mas não
resistiu aos ferimentos.
O delegado Dejair Rodrigues,
responsável pelas investigações,
considera o latrocínio (roubo seguido de morte) a principal hipótese para o assassinato.
Para o delegado, a vítima pode
ter reagido à abordagem dos criminosos. Uma das suspeitas investigadas é que os criminosos
pretendessem fazer um seqüestro
relâmpago com o casal. "Todas as
hipóteses estão sendo consideradas. Nada está descartado", afirmou Rodrigues.
Os policiais passaram todo o dia
atrás de testemunhas do crime e
fazendo perícia no carro para
identificar impressões digitais.
No final da tarde de ontem, a
amiga de Nasser foi até a delegacia
prestar depoimento, que terminou por volta das 20h.
Amiga
Segundo o delegado, a garota,
uma universitária de 21 anos, ainda estava muito traumatizada.
""O depoimento foi confuso, não
sendo possível elaborar o retrato
falado dos criminosos", disse.
O delegado declarou esperar
que, com a divulgação do assassinato, a polícia receba mais denúncias que levam à prisão dos autores do crime. A polícia marcou
para hoje o depoimento de outras
testemunhas.
Já se sabe que Nasser e a amiga
jantaram em um restaurante japonês no Itaim Bibi e depois foram para um posto de gasolina.
De lá, seguiram para o cruzamento onde ocorreu o assassinato.
O delegado irá pedir as fitas do
circuito interno de segurança do
restaurante e do posto de gasolina
para ajudar na investigação.
Nasser foi sepultado no começo
da tarde de ontem no Cemitério
Israelita do Butantã (zona sul).
Cerca de 500 pessoas compareceram ao funeral. A família preferiu
não falar com os jornalistas.
Família
Caçula de quatro irmãos, Sérgio
Nasser trabalhava na agência do
Safra na rua Augusta, nos Jardins,
desde os 17 anos.
O crime de ontem não é o único
episódio de violência envolvendo
a família Nasser. Em 1994, o ex-banqueiro Ezequiel Nasser permaneceu seqüestrado durante 75
dias, entre abril e junho.
A liberação ocorreu após o pagamento do resgate, cujo valor
não foi divulgado pela família -o
valor exigido inicialmente era
US$ 12 milhões (cerca de R$ 28
milhões, em números de hoje). Os
seqüestradores o abordaram
quando ele voltava para casa, no
Morumbi (zona oeste).
Colaborou o "Agora"
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