DA REPORTAGEM LOCAL

A Vila Olímpia é um dos bairros que mais concentra casos de seqüestros relâmpagos em São Paulo, junto com o Morumbi, Brooklin, Moema e região da Vila Madalena. Em média, segundo levantamento do Deic (Departamento de Investigação Sobre o Crime Organizado), ocorrem 140 casos por mês em São Paulo.
Segundo a polícia, os criminosos costumam freqüentar bairros de classe média que concentram bares freqüentados por jovens.
A abordagem geralmente acontece à noite, em cruzamentos ou na saída de estacionamentos. Os criminosos, segundo a polícia, preferem carros dirigidos por mulheres que estejam sozinhas.
Em geral, a vítima é levada para fazer saques em caixas eletrônicos. Depois, é deixada em bairros da periferia ou em cidades vizinhas. Em outros casos, os ladrões levam a vítima para um cativeiro. Lá, é obrigada a revelar a senha dos cartões bancários. Enquanto é vigiada, o restante da quadrilha sai para sacar dinheiro.
Para o presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) da Vila Olímpia, Ernani Coelho, o local onde Sérgio David Nasser foi assassinado não possui alta incidência de crimes. "Os nossos registros, baseados em dados da polícia, mostram que não há assaltos naquele ponto. Foi uma fatalidade", afirmou.


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