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SOB SUSPEITA
Operação da Polícia Federal, batizada de "Raposa", prendeu dois secretários municipais e o irmão do prefeito
PF aponta desvio de R$ 30 mi em Cotia
DO "AGORA"
Em uma operação batizada de
"Raposa", a Polícia Federal prendeu dois secretários municipais
de Cotia (Grande SP) e o irmão do
prefeito da cidade. Eles são suspeitos de fazer parte de uma quadrilha que teria desviado pelo menos R$ 30 milhões em verbas federais enviadas ao município para saúde e educação.
De acordo com a PF, o esquema
era feito por meio da Procotia
(Progresso de Cotia), uma empresa mista criada pela prefeitura para contratar servidores municipais. A Procotia foi fechada em
abril deste ano.
O delegado da PF Carlos Pellegrini afirmou que a empresa declarava ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) uma folha
de pagamento onde constava que
seus funcionários recebiam salários de R$ 5.000 a R$ 22 mil. "A organização criminosa criou uma
lista de empregados cuja maior
parte era inexistente. Os poucos
que existiam apareciam com salários extremamente altos. Na verdade, ganhavam R$ 200, R$ 300."
Na operação, a PF cumpriu 11
mandados de busca e apreensão
nas casas de suspeitos de integrar
a quadrilha, que resultaram nas
prisões em flagrante do secretário
de Administração e Planejamento, Erick Iasi Pedroso, e do secretário de Finanças, Edson Gomes.
Ontem, também foi preso Álvaro Pedroso, irmão do prefeito de
Cotia, Joaquim Horácio Pedroso
Neto (PSDB), o Quinzinho.
Segundo o delegado Pellegrini,
na casa do secretário de Administração foram encontrados US$ 17
mil. Já na do secretário de Finanças havia US$ 113 mil, além de R$
50 mil. "Os acusados não souberam explicar a origem do dinheiro", diz o delegado.
Na casa do irmão do prefeito,
segundo a assessoria de imprensa
da Polícia Federal, foram encontrados mais US$ 25 mil. A assessoria, porém, não soube informar
se Álvaro exercia alguma função
na prefeitura. Na casa do prefeito
não houve buscas, mas Pellegrini
afirma que ele também está sendo
investigado. Houve buscas na casa de Joaquim Pereira da Silva,
antigo presidente da Procotia. Porém, nada foi encontrado que o
incriminasse.
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