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Saúde cobra maior controle da Schering
da Reportagem Local
O Ministério da Saúde e a Secretaria de Vigilância Sanitária do Estado exigiram ontem que o laboratório Schering do Brasil aumente de quatro para sete as etapas de
controle na linha de produção de
sete anticoncepcionais produzidos pela empresa.
A linha de produção da Schering, que tem fábrica na zona sul
de São Paulo, está interditada desde sexta-feira por conta de reclamações de consumidores que adquiriram cartelas de anticoncepcionais em que faltavam comprimidos. A interdição dura até sexta-feira. Segundo a empresa, nesse
período deixarão de ser produzidas 1,8 milhão de cartelas de anticoncepcional.
"Já estamos detectando falta
dos nossos medicamentos no
mercado", disse Theodorus Vanderloo, porta-voz da empresa.
Além do aumento das etapas de
controle, os órgãos de vigilância
sanitária informaram que exigirão
uma alteração na linha de produção da empresa, também visando
maior controle de falhas.
A empresa sugeriu ainda uma
mudança na informação fornecida ao público na embalagem do
produto, para que os consumidores não troquem de marca de anticoncepcional sem consultar um
médico.
Marisa Lima Carvalho, diretora
da Vigilância Sanitária do Estado,
disse ontem que as medidas são
mais rigorosas que as normas técnicas brasileiras. "A empresa tem
boas práticas de fabricação, mas
queremos reduzir os desvios de
produção, como exige a OMS (Organização Mundial de Saúde)".
Marisa e Silas Gouveia, que deve
ser empossado como diretor da
divisão de medicamentos do Ministério da Saúde, vistoriaram ontem a fábrica da Schering durante
sete horas.
Gouveia afirmou que o rigor
aplicado à Schering deve servir de
padrão para toda indústria. Ele
anunciou ontem que seis medicamentos -incluindo dois da Schering- tiveram a venda suspensa
temporariamente desde sexta-feira também por denúncias de
quantidades inferiores à prevista.
Gouveia, no entanto, não informou os nomes dos produtos. Isso
deve ocorrer hoje.
A Schering do Brasil informou
ontem que tem índices de reclamação de consumidores dentro
dos padrões internacionais. "As
medidas são excessivas", diz Vanderloo.
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