GONZALO NAVARRETE
da Reportagem Local

A chuva anulou o efeito do rodízio municipal de veículos de São Paulo, que reestreou ontem com o terceiro maior congestionamento do ano no período da manhã.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) mediu 127 km de lentidão às 9h. A marca é 51% superior à registrada no pico da segunda-feira passada (dia 21), quando a cidade ainda estava sob rodízio ambiental e o congestionamento da manhã foi de 84 km.
A CET não divulgou balanço do primeiro dia da operação. Números sobre a taxa de obediência dos motoristas e multas aplicadas devem ser apresentados hoje.
A principal novidade do rodízio municipal é a contagem dos pontos prevista no novo Código de Trânsito Brasileiro.
Além de receber multa de R$ 76,88, o infrator também recebe quatro pontos no prontuário, o que pode levar o motorista à suspensão da carteira de habilitação.
Pelo novo código de trânsito, quem atingir 20 pontos em um período de 12 meses pode perder a habilitação por até um ano.
Como o rodízio municipal funciona de manhã e à tarde, um motorista corre o risco de ser multado duas vezes e receber oito pontos em um mesmo dia, quase a metade do limite previsto no código.
Os motoristas também devem redobrar a atenção para se adequar à área de abrangência do rodízio municipal.
Ele vigora dentro da área conhecida como "centro expandido", cujos limites são definidos pelas marginais Tietê e Pinheiros, avenida dos Bandeirantes, túnel Maria Maluf, avenidas Tancredo Neves, Juntas Provisórias, Anhaia Melo e Salim Farah Maluf.
O calendário do rodízio municipal é o mesmo do estadual. Às segundas-feiras, ficam proibidos de rodar carros com placas de final 1 e 2. Às terças, placas com final 3 e 4. Às quartas, final 5 e 6. Às quintas, final 7 e 8. Às sextas, final 9 e 0. Nos finais de semana e feriados, a circulação é livre.
O rodízio municipal proíbe a circulação de 20% da frota a cada dia nos horários de maior movimento -entre as 7h e as 10h e entre as 17h e as 20h.



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