da Agência Folha, no Guarujá

A Sabesp anunciou ontem que o novo emissário submarino do Guarujá (SP), a ser implantado na praia da Enseada, entrará em operação ainda na temporada de verão 98-99.
O vice-presidente para o litoral da empresa, Oswaldo Aly, afirmou ontem que o ritmo acelerado das obras permitirá que o emissário comece a funcionar em fevereiro do próximo ano, e não somente em abril, como previa o cronograma da Sabesp.
O novo emissário terá 4.500 metros de comprimento, receberá o esgoto coletado em toda a cidade e vai ser implantado ao lado do atual, que será desativado.
A tubulação, dividida em pedaços de 500 metros, foi importada da Noruega. A chegada das peças (por navio) está prevista para outubro. A montagem deve ocorrer em janeiro.
O custo total da obra, que inclui ainda a construção de uma estação elevatória na Enseada e de uma estação de tratamento na Vila Zilda, é de R$ 37 milhões.
O atual emissário está sendo substituído porque sofreu rompimentos em três pontos, e, por esse motivo, vem lançando o esgoto a somente 2.700 metros da praia.
Pelo novo sistema, todo o esgoto do Guarujá será enviado para a Estação Elevatória da Enseada, de onde será bombeado para a Estação de Tratamento da Vila Zilda.
Apesar da obra, as praias do Guarujá não estarão totalmente livres de poluição após a implantação do novo emissário. O motivo é o esgoto que chega ao mar por ligações clandestinas feitas junto aos canais de água pluvial.
Segundo Aly, para resolver esse problema, a Sabesp está testando um sistema que trata o esgoto no interior dos canais e realizando em conjunto com a prefeitura uma operação para detectar as ligações clandestinas.
(FAUSTO SIQUEIRA)



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