São Paulo, quarta, 29 de outubro de 1997.



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Britto espera verba de Brasília

SANDRA HAHN
em Porto Alegre

O governador Antônio Britto (PMDB) anunciou ontem à tarde que o governo federal mandará recursos para Itaqui (RS).
A cidade foi a mais atingida pelas enchentes das últimas semanas e pela ventania de ontem.
Britto disse que a Secretaria de Política Regional do Ministério do Planejamento vai enviar hoje técnicos para avaliar os estragos causados pela chuva. A liberação de recursos (em quantia não definida) será feita após a confirmação da situação de emergência.
Além desta verba, o governo estadual anunciou a liberação de R$ 5 milhões em créditos suplementares do programa RS Emprego para os municípios de Itaqui, São Borja e Uruguaiana.
O crédito terá condições especiais e será destinado a pequenos empresários para auxiliar a retomada das atividades afetadas pela enchente.
O financiamento terá juros de 1,9% ao mês, carência de três meses e 18 meses para pagamento. Cada empresário poderá solicitar até R$ 10 mil.
O governo estadual vai se instalar parcialmente hoje em Itaqui. A Brigada Militar e o Comando Militar do Sul estão mandando 200 soldados para a cidade.
Eles vão trabalhar na reconstrução do município.
O governo vai doar cestas de material de construção para famílias carentes de Itaqui.
Britto afirmou que uma equipe do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem vai trabalhar na recuperação das rodovias internas da região.
O contato telefônico com Itaqui foi refeito ontem no final da tarde, depois de algumas horas de interrupção por causa do vendaval, que atingiu a cidade pela manhã.
A companhia telefônica instalou uma central de rádio por microondas para retomar as operações. A cidade também ficou sem energia elétrica e água.
O governador relatou que o Banco do Brasil deverá enviar técnicos para Itaqui. Britto pediu ao presidente em exercício do BB, Ricardo Conceição, a renegociação das dívidas dos arrozeiros para que o plantio pudesse ser retomado. Os técnicos vão discutir a rolagem das dívidas com os agricultores.
"A chuva aumenta o problema do arroz, mas estamos preocupados com quem não estava plantando nem com tempo bom", afirmou Britto.



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