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Cientistas visitam depósito
do enviado especial
Cerca de 150 cientistas participantes do congresso sobre os efeitos do caso do césio-137 percorreram ontem os pontos onde ocorreram contaminação, há dez anos,
em Goiânia, e visitaram o depósito
onde estão armazenados os rejeitos contaminados.
Os técnicos conheceram o estádio olímpico, para onde as vítimas
foram levadas inicialmente. Também visitaram a rua 57, no centro
de Goiânia, a mais atingida pela
contaminação.
Pisaram no terreno onde funcionou o ferro-velho, que teve contato com a cápsula de césio destruída. Atualmente, o local está totalmente concretado e vazio.
De lá, os cientistas foram para o
Repositório de Abadia de Goiás,
cidade a 23 km de Goiânia. No local, há dois depósitos construídos
com paredes de concreto de 40 cm
de espessura que armazenam, cada um, 2.400 toneladas e 3.600 toneladas de material contaminado.
Cada um possui 60 m de comprimento por 20 m de largura e 8 m de
altura. Eles são cobertos por grama. Dentro deles, há árvores, animais, pedaços de calçada, paredes
de casas, roupas, postes, tudo o
que foi contaminado.
Segundo o gerente do Distrito de
Goiânia da Cnen, Paulo Ney Pamplona Rabello, o local não apresenta risco de contaminação.
O prefeito de Abadia, Valdeci
Mendonça, disse que a instalação
do depósito trouxe prejuízos para
a cidade de 5.000 habitantes e exige
R$ 300 mil mensais do governo federal para "ajudar a cidade".
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