São Paulo, sábado, 29 de outubro de 2005

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CLIMA

Pelo menos 5.000 hectares já foram atingidos pelas chamas; 12 focos de queimadas foram identificados

Fogo devasta área da Chapada Diamantina

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Pelo menos 5.000 hectares de seis municípios da Chapada Diamantina (Lençóis, Palmeiras, Mucugê, Andaraí, Ibicoara e Itaeté) já foram devastados por um incêndio que começou no início da semana, segundo informações do Corpo de Bombeiros.
Ontem à tarde, cerca de 200 bombeiros e voluntários trabalhavam para controlar as chamas -a seca na região facilita a propagação dos focos.
No total, a Chapada Diamantina, uma das maiores atrações turísticas da Bahia, possui 152 mil hectares (um ha corresponde a 10 mil m2).
De acordo com informações passadas por funcionários do Parque Nacional da Chapada, todos os focos de incêndio têm origem criminosa e teriam sido provocados por garimpeiros e fazendeiros da região que devastam a mata para transformar o terreno em área de pastagem.
Somente nas últimas 48 horas, as brigadas de combate a incêndio identificaram pelo menos 12 focos na região -o maior deles está perto de Palmeiras.
Além dos voluntários, os bombeiros também contam com a ajuda de um helicóptero (com capacidade para transportar 450 litros de água) no combate às chamas que atingem a Chapada.
No final da noite de ontem cerca de 20 especialistas ambientais de Brasília deveriam chegar à região para coordenar os trabalhos.
Técnicos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) temem que as chamas possam comprometer a região do Vale do Pati, responsável por 80% da água consumida na Chapada Diamantina.
Além da seca, que facilita a propagação das chamas pelos terrenos, os bombeiros e voluntários também têm outra dificuldade para superar no combate aos focos -o acesso até alguns locais só pode ser feito a pé.
Até o final do ano passado, o Parque Nacional da Chapada Diamantina contava com um plano de combate a incêndios -equipes distribuídas pelas cidades e comunicação por rádio. Por falta de liberação de verbas, a estrutura foi desativada.


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