São Paulo, quarta, 29 de outubro de 1997.



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Decisão foi 'justa', diz médico


Intoxicação atingiu 126 pacientes que se submetiam a sessões de hemodiálise no IDR; 64 morreram

da Agência Folha, em Recife

O médico Antonio Bezerra Filho disse ontem que a decisão do Cremepe de arquivar o processo ético movido contra ele e seu sócio, Bráulio Coelho, foi "justa".
"Não houve dolo nenhum. Nossa atuação na clínica não teve qualquer relação com o problema ocorrido. Foi uma fatalidade."
Segundo o médico, o arquivamento do processo o deixa mais "otimista" com relação às futuras decisões judiciais sobre o caso.
Bezerra Filho e seu sócio, Bráulio Coelho, são acusados em ações criminais e indenizatórias movidas por parentes das vítimas.
Há mais de um ano, porém, os dois e o advogado deles, Gilberto Marques, sustentam a tese de que a intoxicação dos doentes renais ocorreu por acidente.
"Não existe ligação entre as mortes e a conduta dos médicos", disse o advogado no dia 30 de abril de 96, logo após o anúncio do indiciamento de seus clientes pela Polícia Civil de Caruaru.
"O que houve foi um acidente ecológico", afirmou Marques, na época. Segundo ele, os exames de qualidade da água usada no processo de hemodiálise -que não foram feitos pela clínica- não evitariam a intoxicação "porque não detectariam a toxina".



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