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EDUCAÇÃO
Dado é apontado pelo censo escolar deste ano, quando 1,7 milhão a mais de crianças foram matriculadas
Matrícula no ensino básico cresce 4%
BETINA BERNARDES
da Sucursal de Brasília
Os resultados do censo escolar
deste ano apontam um crescimento de 1,7 milhão de matrículas no
ensino básico (do pré-escolar ao 2º
grau), 4% a mais em relação a 96.
Somente no ensino fundamental,
há 1,096 milhão de alunos novos,
3,3% a mais que no ano passado.
O ensino médio apresentou uma
expansão de 11,6%, com 665,9 mil
alunos a mais em relação a 96.
A taxa de crescimento do ensino
básico de 96 em relação a 95 foi
1,8% e a do fundamental, 1,4%.
No total, o país tem 46,352 milhões de alunos matriculados em
escolas públicas e privadas, dos
quais 34,227 milhões no fundamental e 6,405 milhões no 2º grau.
O ministro da Educação, Paulo
Renato Souza, atribui o aumento
das matrículas no 1º grau ao Fundo
de Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do
Magistério.
Pelo Fundão, 15% dos impostos
arrecadados por Estados e municípios devem ser aplicados no 1º
grau. Os recursos são distribuídos
proporcionalmente ao número de
alunos matriculados nas redes pública municipal e estadual do ensino fundamental.
Cada sistema deve receber o correspondente a no mínimo R$ 315
por aluno em 98. Nos locais em
que não houver recursos suficientes, o MEC faz complementação.
O orçamento do ministério para
98 prevê, segundo Paulo Renato,
cerca de R$ 400 milhões para essa
complementação. O ministro afirmou que o número de 630 mil matriculados além do esperado não
deve alterar o aporte de recursos."Sempre trabalhei com um
aporte de R$ 600 milhões. Buscaremos uma suplementação se for
necessário".
" Foram caçar aluno até onde
não tinha, e alguns mentiram",
afirmou o ministro.
Em cerca de 300 municípios,
principalmente nos Estados do
Ceará, Maranhão e Mato Grosso,
técnicos do ministério notaram
que houve "um certo exagero" no
crescimento de matrículas.
Foi feita uma comparação usando dados do crescimento registrado em 96 e a população total da cidade na faixa etária de 7 a 16 anos
medida pelo IBGE.
Nos casos em que havia um número de matrículas maior que a
população de 7 a 16 anos, foi feito
corte.
Onde o crescimento de matrículas foi maior que 5% em relação a
96, técnicos foram ao município.
Se não havia justificativa para o
aumento, foi feito um corte.
O Estado que mais municipalizou o ensino fundamental em 97
foi São Paulo: 443 mil alunos deixaram a rede pública estadual, e
349 mil entraram na municipal.
O ministro estima que haja, após
essas matrículas, cerca de 2,1 milhões de crianças de 7 a 14 anos fora da escola.
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