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5 mil estão com a doença no Pará
LUÍS INDRIUNAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Cerca de 70% dos 667 assentamentos e acampamentos ligados
à Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) do Pará
estão sendo atingidos por casos
de malária.
A Fetagri estima que 5.000 trabalhadores rurais estão com a
doença atualmente. Não há estimativas sobre número de mortes.
"É uma triste realidade da Amazônia, que piora todo início de
ano com as chuvas", disse o diretor de política agrária da Fetagri,
Antonio de Souza Carvalho Cajazeira. Ele disse que, muitas vezes,
os assentados e acampados têm
dificuldades para procurar ajuda
na sede dos municípios.
Entre os exemplos mais graves,
Cajazeira cita o caso do assentamento Rio Cristalino, em Santana
do Araguaia (divisa do Pará com
o Mato Grosso e Tocantins). "Lá
havia pelo menos dois casos de
malária em cada uma das 40 casas
que visitei, na semana passada",
disse o diretor da Fetagri.
Para Cajazeira, o desmatamento e as condições precárias de vida
ajudam a proliferar a doença.
"Mesmo em locais menos ermos,
como a fazenda Mari-mari, em
Belém, há casos da doença." No
primeiro semestre, 20 pessoas das
cem famílias acampadas na Mari-mari contraíram malária.
A Fetagri tem orientado os seus
dirigentes a procurar as prefeituras para ajudarem no combate.
O diretor-executivo da Amat
(Associação dos Municípios do
Araguaia e Tocantins), Josemir
Nascimento, disse que as prefeituras têm tentado ajudar os assentamentos, mas há falta de recursos para o combate à doença.
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