São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

5 mil estão com a doença no Pará

LUÍS INDRIUNAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

Cerca de 70% dos 667 assentamentos e acampamentos ligados à Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) do Pará estão sendo atingidos por casos de malária.
A Fetagri estima que 5.000 trabalhadores rurais estão com a doença atualmente. Não há estimativas sobre número de mortes.
"É uma triste realidade da Amazônia, que piora todo início de ano com as chuvas", disse o diretor de política agrária da Fetagri, Antonio de Souza Carvalho Cajazeira. Ele disse que, muitas vezes, os assentados e acampados têm dificuldades para procurar ajuda na sede dos municípios.
Entre os exemplos mais graves, Cajazeira cita o caso do assentamento Rio Cristalino, em Santana do Araguaia (divisa do Pará com o Mato Grosso e Tocantins). "Lá havia pelo menos dois casos de malária em cada uma das 40 casas que visitei, na semana passada", disse o diretor da Fetagri.
Para Cajazeira, o desmatamento e as condições precárias de vida ajudam a proliferar a doença. "Mesmo em locais menos ermos, como a fazenda Mari-mari, em Belém, há casos da doença." No primeiro semestre, 20 pessoas das cem famílias acampadas na Mari-mari contraíram malária.
A Fetagri tem orientado os seus dirigentes a procurar as prefeituras para ajudarem no combate.
O diretor-executivo da Amat (Associação dos Municípios do Araguaia e Tocantins), Josemir Nascimento, disse que as prefeituras têm tentado ajudar os assentamentos, mas há falta de recursos para o combate à doença.


Texto Anterior: Ciência tenta criar uma vacina
Próximo Texto: Internet barateia as teleoperações
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.