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Advogado quer tirar cliente do caso Toninho
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Sílvio Artur Dias da Silva, defensor do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o
Andinho, irá pedir à Justiça um
depoimento separado para a
testemunha que diz ter ouvido
pessoas tramarem a morte do
prefeito Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT.
Segundo o advogado, ela estaria com medo de depor diante das outras testemunhas e de
pessoas que deve acusar, na audiência pública do dia 12, em
Campinas (95 km de SP).
A audiência é a segunda com
testemunhas de acusação no
processo que julga o crime contra Toninho e deve reunir 23
depoentes. "Vou conversar primeiro com o juiz para ver se o
depoimento pode ser transferido para outro dia, pois a pessoa
não pertence ao programa de
proteção à testemunha. Se não
puder, vou requerer isso oficialmente", disse Silva.
Ainda segundo o defensor de
Andinho, a testemunha que
pediu para falar reservadamente é um garçom que trabalhava
em um bingo de Campinas.
O depoimento dele é uma das
armas da defesa do sequestrador para tentar assegurar que
ele não seja condenado pelo
envolvimento com a morte do
prefeito. Andinho nega ter participado do assassinato.
O defensor de Andinho disse
também que fará petição requerendo o registro de imóveis
de todos os bingos de Campinas e de áreas compradas na região do aeroporto de Viracopos, para tentar chegar a indícios que levem a uma motivação para a morte de Toninho.
Ele acredita que interesses
nesses setores estariam sendo
combatidos pelo prefeito.
A polícia e o Ministério Público defendem que Toninho
foi assassinado por motivo banal. Ele teria sido morto por estar dirigindo devagar e ter atrapalhado a fuga de sequestradores do bando de Andinho.
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