da Agência Folha, em BH

Foi enterrado na tarde de ontem, em Belo Horizonte, o corpo de Jeferson Cilênio Leocádio, 15, que morreu no início da noite de anteontem, cerca de 24 horas depois de ter sofrido queimaduras.
O adolescente, que ultimamente vivia nas ruas, dormia na noite de domingo em frente ao estádio Mineirão, na região noroeste da cidade, quando algumas pessoas- ainda não identificadas- atiraram uma substância inflamável sobre ele e atearam fogo.
Segundo relatos de testemunhas feitos à Polícia Militar, os autores da agressão haviam se envolvido em uma briga nas proximidades do estádio, no domingo.
O menor sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus em 85% do corpo e foi internado em estado de coma. Ele chegou a passar por uma cirurgia de desbridamento (retirada das partes do corpo que sofreram queimaduras de terceiro grau) anteontem, mas não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Civil de Belo Horizonte iniciou ontem investigações. Ainda não há nenhuma pista dos agressores. Familiares do adolescente e possíveis testemunhas da agressão serão as principais pessoas a serem ouvidas.
Ainda não foi detectada a substância inflamável utilizada na agressão, mas a suspeita, segundo os médicos que atenderam o menor no pronto-socorro, é que tenha sido álcool.
Familiares de Leocádio, que moram na região oeste de Belo Horizonte, disseram que o menor estava envolvido com drogas e que periodicamente saía de casa para morar na rua. Ele estava havia cerca de um mês fora de casa quando teve o corpo queimado.
Eles disseram que Jeferson já tinha se envolvido anteriormente em brigas na favela da Ventosa, também na região oeste de BH, supostamente em decorrência do uso de drogas.



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