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São Paulo, segunda-feira, 29 de dezembro de 2003

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RIO

Quadrilha armada invadiu casa do ator e diretor, que estava com a filha e mais oito pessoas, e fugiu com celulares e dinheiro

Grupo mantém Wolf Maya refém por 1 hora

MARCELLO GAZZANEO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A casa do ator, diretor de TV e teatro Wolf Maya, na estrada do Joá (São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro), foi invadida, ontem de manhã, por quatro homens armados. Ele, a filha Manoela e mais oito pessoas foram feitos reféns por cerca de uma hora.
Com a chegada de policiais militares, houve troca de tiros. Um dos reféns, Felipe Augusto Pacheco, 22, foi baleado na coxa esquerda. Ele está em observação em uma clínica, mas passa bem.
A PM foi acionada pelo fotógrafo Mauro Saviano, amigo da família. Ele ficou sabendo da invasão por um amigo que estava na casa, identificado só como Pierre, que teria conseguido se esconder em um armário e ligou do celular.
O tiroteio começou logo que um carro da PM chegou à casa. Atingido, Pacheco tentou fugir se jogando de uma altura de 4 m, da varanda para o terraço.
Com os reféns sob a mira de armas, os PMs recuaram e pediram reforço. Os assaltantes aproveitaram para fugir pela parte de trás da casa, que dá acesso ao elevado do Joá (ligação entre São Conrado e a Barra da Tijuca, na zona oeste). O grupo tinha colocado eletrodomésticos em dois carros, mas só levou cinco celulares e dinheiro.
Maya não quis falar sobre o caso, mas divulgou nota na qual afirmou que ele e a família estão traumatizados e cansados, disse que comentará o ocorrido depois de "realizados os procedimentos policiais adequados" e agradeceu o interesse e a preocupação.
Segundo o subsecretário operacional de Segurança Pública, Paulo Souto, às 6h30, os criminosos desciam a estrada do Joá em um Peugeot roubado e, ao verem a garagem aberta, entraram e renderam o segurança. Maya, a filha e sete amigos tinham acabado de chegar à casa, vindos de um ensaio da escola de samba Grande Rio, no Leblon (zona sul).
"A ocasião fez o ladrão. Eles chegaram dizendo que queriam dólares e jóias, sem saber de quem era a casa", afirmou. Souto disse que, quando a polícia chegou, os bandidos estavam apontando as armas para as cabeças de Maya e de um casal. Os outros reféns estavam trancados num quarto.
Segundo Souto, os assaltantes obrigaram Maya a convencer a polícia a deixar o local. "Tivemos que recuar para não pôr em risco a vida das pessoas." Mais de 30 policiais, com apoio de um helicóptero, fizeram um cerco na região. Até a conclusão desta edição, ninguém havia sido preso.
O mais recente trabalho de Maya em TV foi em "Kubanacan", da Rede Globo. Ele chegou a dirigir a novela, onde interpreta o capitão Diego. Maya dirigiu cerca de 20 novelas e a minissérie "Hilda Furacão". No teatro, dirigiu os musicais "Splish Splash", "O Beijo da Mulher Aranha" e "Blue Jeans".



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