São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2005

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FASHION

Moda nos EUA e já disputado por aqui, produto faz parte de um projeto para financiar pesquisas sobre o câncer
Pulseira "anticâncer" chega ao Brasil

PEDRO DIAS LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente George W. Bush já usou. A atriz Angelina Jolie também. Agora, é a vez de a elite brasileira usar as pulseirinhas amarelas Livestrong, que viraram moda nos Estados Unidos e começam a aparecer no país.
No final do ano passado, a Daslu Homem distribuiu mil dessas pulseiras para seus clientes. "Muita gente soube que estávamos distribuindo e pedia, mas não temos pra todos", disse a gerente de vendas da loja, Glycia Deak.
Uma das mais caras do Brasil, a butique mandou uma mala-direta a alguns de seus clientes, para que retirassem os brindes na loja.
A pulseira faz parte de um projeto para financiar pesquisas sobre o câncer, da fundação Lance Armstrong, em parceria com a Nike. Em sete meses, foram vendidas 30 milhões de pulseiras, a US$ 1 cada uma (R$ 2,65).
A fundação foi criada pelo ciclista Lance Armstrong, que teve um câncer de testículo diagnosticado em 1996. A doença atingiu os pulmões e o cérebro, e os médicos deram seis meses de vida. Depois disso, Armstrong se recuperou e venceu seis vezes a Volta da França, a prova de ciclismo mais disputada do mundo.
No Brasil, a pulseira já aparece nos pulsos de alguns famosos e de quem viajou há pouco para os EUA, como é o caso da advogada Silvia Fiszman, 32.
Ela descobriu a pulseira com um casal de amigos que morou muito tempo lá. Quando viajou para Nova York a trabalho, na semana passada, comprou. Ainda trouxe para duas amigas. "Lá é moda", diz a advogada. No Brasil, Fiszman acha que a maioria das pessoas ainda não conhece a pulseira nem sabe o seu significado.
Além dos viajantes e descolados, os oncologistas também aderiram às pulseirinhas. É comum ver especialistas em câncer com a faixa amarela no pulso.
Nos EUA, o modismo é tão grande que já há falsificações, e várias entidades filantrópicas, e algumas nem tanto, lançaram suas versões do acessório. O jornal "The New York Times" chegou a comparar a pulseira à fitinha vermelha, símbolo da luta contra a Aids. No Brasil, é possível comprar por meio do site da fundação: www.livestrong.org.

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