São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 2005

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LOBBY X LOBBY

Grupo teme que votação fique para 2006, como quer o relator do projeto

Clã Severino apóia desarmamento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com a ameaça de atraso do referendo sobre a venda de armas de fogo, marcado para 2 de outubro, o lobby do desarmamento resolveu tentar sensibilizar o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), por meio de duas pessoas "influentes": sua mulher, Amélia, e a filha, Ana, para que a proposta seja votada logo.
O projeto do referendo foi aprovado no Senado, mas está gerando atritos na Câmara. O relator, deputado Coronel Alves (PL-AP), quer deixar a consulta pública para 2006 e acrescentar duas perguntas: sobre a redução da maioridade penal para 16 anos e sobre a pena de morte.
Além disso, na ausência do titular, o relator interino, Wanderval Santos (PL-SP), quis mudar a pergunta para explicitar que a proibição de venda de armas se aplicaria a para legítima defesa e de patrimônio. Deputados e ativistas favoráveis à proibição consideraram as manobras manipuladoras e querem a aprovação sem mudanças.
A Câmara aprovou ontem a MP 229, que prorroga até 23 de junho o prazo para que sejam entregues armas de fogo à PF mediante indenização. O relator, Julio Lopes (PP-RJ), acatou emenda que permite porte de armas para auditores fiscais e técnicos da Receita. A MP segue para votação no Senado.
Também ontem, dez mães de vítimas de crimes das ONGs Viva Rio e Convive visitaram Amélia e Ana Cavalcanti na residência oficial e levaram camisetas. Amélia não autorizou a imprensa a acompanhar a visita, mas deixou ser fotografada.


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