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INVESTIGAÇÃO
Clínica não apresentou registros sobre sessões da estudante
TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO
A clínica de beleza de Marli Machado, no Rio de Janeiro, não apresentou ontem registros oficiais da duração e
do intervalo entre sessões de
bronzeamento artificial das
clientes, informou a Vigilância Sanitária Municipal.
Foi no local que a estudante Andrea Santos Lindner,
34, fez bronzeamento antes
de ficar com mais de 90% do
corpo queimado. Ela está na
UTI de um hospital, em coma induzido, desde o dia 17.
Apesar de proibido pela
Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), o marido da estudante, Antonio Gadelha, 53, afirma que ela se
submeteu a duas sessões de
bronzeamento artificial em
menos de 24 horas (dias 14 e
15 de março).
A agência proíbe que o
procedimento seja repetido
em menos de 48 horas. A que
as sessões foram feitas em
menos de 48 horas.
De acordo com a diretora
do Departamento de Vigilância Sanitária em Serviços e
Produtos para Saúde, Juliane Musacchio, havia apenas
a anotação em uma agenda
de que Andrea teria feito as
sessões nos dias 14 e 16.
Anteontem, a dona da clínica informou por meio de
seus advogados que a estudante havia feito apenas uma
sessão, naquela semana.
A clínica também não
apresentou à vigilância, nenhum termo de ciência, assinado pelas clientes, dos danos causados pelo bronzeamento artificial.
Sobre os atestados médicos, que também não foram
encontrados, a clínica informou que as clientes apresentavam e levavam para casa.
Se a clínica não apresentar
os documentos, ela pode perder a licença de funcionamento. A clínica se defende
argumentando que o circuito
de TV mostra que a Andrea
saiu com saúde da clínica.
A assessoria do Hospital
Quinta D"or, onde Andrea está internada, informou que
seu estado é grave. Ela respira com auxílio de aparelhos.
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