São Paulo, sexta-feira, 30 de março de 2007

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INVESTIGAÇÃO

Clínica não apresentou registros sobre sessões da estudante

TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO

A clínica de beleza de Marli Machado, no Rio de Janeiro, não apresentou ontem registros oficiais da duração e do intervalo entre sessões de bronzeamento artificial das clientes, informou a Vigilância Sanitária Municipal.
Foi no local que a estudante Andrea Santos Lindner, 34, fez bronzeamento antes de ficar com mais de 90% do corpo queimado. Ela está na UTI de um hospital, em coma induzido, desde o dia 17.
Apesar de proibido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o marido da estudante, Antonio Gadelha, 53, afirma que ela se submeteu a duas sessões de bronzeamento artificial em menos de 24 horas (dias 14 e 15 de março).
A agência proíbe que o procedimento seja repetido em menos de 48 horas. A que as sessões foram feitas em menos de 48 horas.
De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância Sanitária em Serviços e Produtos para Saúde, Juliane Musacchio, havia apenas a anotação em uma agenda de que Andrea teria feito as sessões nos dias 14 e 16.
Anteontem, a dona da clínica informou por meio de seus advogados que a estudante havia feito apenas uma sessão, naquela semana.
A clínica também não apresentou à vigilância, nenhum termo de ciência, assinado pelas clientes, dos danos causados pelo bronzeamento artificial.
Sobre os atestados médicos, que também não foram encontrados, a clínica informou que as clientes apresentavam e levavam para casa.
Se a clínica não apresentar os documentos, ela pode perder a licença de funcionamento. A clínica se defende argumentando que o circuito de TV mostra que a Andrea saiu com saúde da clínica.
A assessoria do Hospital Quinta D"or, onde Andrea está internada, informou que seu estado é grave. Ela respira com auxílio de aparelhos.


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