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MORTE EM PERDIZES
Com a medida, o estudante de 21 anos ficará preso até ser julgado pela morte do pai e da madrasta
Justiça decreta a prisão preventiva de Gil
DO "AGORA"
A juíza Sílvia Maria Facchina
Martinez, do 5º Tribunal do Júri,
decretou ontem a prisão preventiva -válida até o julgamento-
do estudante Gil Grecco Rugai, 21.
O rapaz foi acusado formalmente pelo Ministério Público Estadual de ter participado dos assassinatos do pai, o publicitário
Luiz Carlos Rugai, 40, e da madrasta, Alessandra de Fátima
Troitino, 33. As mortes ocorreram no dia 28 de março, em uma
casa de alto padrão no bairro de
Perdizes (zona oeste de SP). O rapaz nega os crimes.
A decisão foi tomada logo após
a juíza receber do Ministério Público a denúncia contra o estudante por duplo homicídio. Gil
também foi denunciado pelo crime de estelionato continuado
-ele confessou ter cometido desfalques na empresa de seu pai, a
Referência Filmes.
Caso seja condenado, segundo a
promotora pública Mildred Gonzalez Campi -a mesma que ofereceu à Justiça a denúncia contra
Gil-, ele poderá pegar até 32
anos de prisão -14 anos por cada
um dos homicídios e quatro anos
pelo estelionato.
Os homicídios foram classificados pela Promotoria como cometidos por motivo torpe, ou seja,
fútil. O principal motivo, ainda de
acordo com a promotora, foi a
briga por dinheiro entre pai e filho. No dia 21 de maio, Gil será interrogado, às 15h, no Fórum Criminal Mário Guimarães, na Barra
Funda (zona oeste), pela juíza
Martinez e pela promotora.
A promotora revelou que os
cinco tiros de pistola 380 mm que
mataram Alessandra chegaram a
fazer com que o sangue dela espirasse a 1,80 m de altura, atingindo
a porta de entrada da cozinha da
casa. "Foi por isso que o Gil mandou lavar suas roupas no dia seguinte. Ele não queria mesmo que
as manchas de sangue aparecessem", falou a promotora.
Transferência
No início da noite de ontem, Gil
foi transferido da carceragem do
77º DP (Santa Cecília), onde cumpria prisão temporária desde o
dia 6 de abril, para o CDP 2 (Centro de Detenção Provisória) do
Belém (zona leste).
Nos próximos dez dias, o estudante ficará sozinho em uma cela
separada do chamado R.O. (Regime de Observação). Só depois de
estar adaptado à rotina do presídio ele irá conviver com os demais
detentos.
Somente a partir do 11º dia no
CDP Gil poderá receber visitas de
parentes. Até lá, somente seus advogados poderão vê-lo.
(ANDRÉ CARAMANTE)
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