São Paulo, Domingo, 30 de Maio de 1999
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Contratadas negam indícios de fraude no caminho do lixo

da Reportagem Local

As empresas contratadas para retirar o lixo das ruas e dar a ele um destino adequado rebatem a existência de indícios de fraudes nas operações do sistema.
Segundo elas, pode haver falhas pontuais, mas nada que comprometa a eficiência dos serviços.
Elas negam, por exemplo, que operam com equipamentos com idades superiores a cinco anos, como afirmam auditorias do TCM.
Isso, de acordo com o tribunal, aumentaria o lucro das empresas, que recebem mais pela manutenção de maquinários novos.
A secretária-interina de Serviços e Obras, Márcia Buccolo, também diz que essa irregularidade não existe nas estações de transbordo, mas admite a possibilidade que ainda ocorra nos aterros.
Sobre o fato de a Estação de Transbordo de Santo Amaro operar com menos funcionários do que o previsto em contrato (são 119 contra 98), empresas e prefeituras disseram que esse dado não tem relevância, pois a contratada recebe por tonelada de lixo e não pela mão-de-obra alocada.
Para o TCM, porém, o dado é fundamental porque foi considerado na composição do preço de operação do transbordo.
Os empresários também disseram que o fato de carretas que levam o lixo para os aterros terem apresentado cargas com densidades muito altas pode ser justificado pelo coroamento dos veículos.
O coroamento, segundo eles, consiste em aumentar a capacidade volumétrica do conjunto transportador colocando madeiras na parte de cima da caçamba.
"Se isso aconteceu e a densidade foi calculada pelo volume nominal do veículo, está esclarecida a questão", disse Ariovaldo Caodaglio. O TCM, porém, considerou a explicação apenas uma hipótese e determinou que a prefeitura crie um programa que barre veículos com densidades fora dos padrões. (SC)


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