São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 2008

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Garoto morre em parque de diversões

Rafael Luis de Freitas Porfírio, de 12 anos, teve a cabeça prensada ao colocá-la para fora da janela de um brinquedo em movimento

Secretaria da Segurança Pública diz que a estrutura de proteção do Ônibus Espacial, de acrílico, estava quebrada; família confirma

DA AGÊNCIA FOLHA

Um adolescente de 12 anos morreu na noite de anteontem vítima de um acidente em um brinquedo do parque de diversões "Magic World Park", em Campinas (distante 93 km da cidade de São Paulo).
De acordo com informações da família, por volta das 19h30 de sábado, o garoto Rafael Luis de Freitas Porfírio teve a cabeça prensada ao colocá-la para fora da janela com brinquedo, chamado Ônibus Espacial, em movimento.
O brinquedo faz um movimento circular de subida e descida, impulsionado por uma espécie de braço mecânico.
No momento do acidente, com o brinquedo praticamente no chão, o braço passava rente à janela do ônibus e atingiu o menino, que estava de pé.

Proteção quebrada
A Secretaria da Segurança Pública do Estado informou que a estrutura de proteção do Ônibus Espacial, de acrílico, estava quebrada. A família do jovem confirma a versão.
"A gente já estava quase indo embora, era o último brinquedo", explicou a empregada doméstica Rosangela do Carmo Aleixo, 35, tia do menino que o acompanhava no parque de diversões com a avó do garoto e outros cinco primos de Rafael.
"Parecia ser um brinquedo inocente. Até a avó dele andou e disse que tinha gostado. Um dos lados do brinquedo estava sem a proteção e a outra estava quebrada", disse Rosangela.
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Campinas e será investigado por meio de um inquérito policial aberto no 3º DP, como homicídio culposo (sem intenção).
O "Magic World Park" está montado na avenida Império do Sol Nascente, no bairro Jardim Aurélia, na periferia de Campinas.
O corpo do garoto foi enterrado ontem à tarde.
A Prefeitura de Campinas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tinha como checar ontem se a situação do parque de diversões está legalizada. A assessoria afirmou também que tomaria providências e analisaria o caso hoje.

Mãe é hospitalizada
A reportagem não conseguiu localizar ontem os responsáveis pelo parque de diversões.
A página da empresa na internet disponibilizava apenas e-mails para contato.
Segundo o site, o parque funciona no local desde o dia 21 de junho. O preço anunciado do ingresso é de R$ 10.
A tia da criança disse que os responsáveis pela administração do parque deixaram com ela um cartão e se comprometeram a pagar o enterro.
O cartão foi entregue para a mãe do menino, que passou mal e teve de ser hospitalizada. Ela não conseguiu acompanhar o sepultamento.
(MATHEUS PICHONELLI, DEH OLIVEIRA E EDSON VALENTE)

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