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VERBA
Medida visa melhorar o Infoseg
Estados devem atualizar arquivos de segurança
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao assinar os convênios com o
governo federal para receber uma
fatia dos R$ 404 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública, a partir desta semana, os Estados assumirão o compromisso
formal de atualizar os dados com
os quais alimentam o Infoseg, um
banco de dados que possui informações sobre veículos, armas,
carteira de habilitação e situação
legal dos cidadãos.
A Senasp (Secretaria Nacional
de Segurança Pública) incluiu nos
contratos uma cláusula especificamente com esse propósito,
atendendo à reivindicação de organizações como o grupo Tortura
Nunca Mais. Coordenadores do
movimento passaram constrangimentos ao tentar tirar segunda
via da carteira de identidade ou
renovar o passaporte porque, nos
registros do Infoseg, ainda constavam suas condenações com base na LSN (Lei de Segurança Nacional) por atos políticos praticados durante o regime militar.
A cláusula será completa:
"Atualizar e retirar dos cadastros
de antecedentes e informações
criminais todo e qualquer registro
de cidadão brasileiro que tenha sido condenado" na LSN e na legislação que a complementa.
"A colaboração dos Estados é
fundamental, já que, além de serem a principal fonte dos dados,
são os primeiros usuários dessa
avenida de informações construída pelo governo federal", afirma
Jaqueline Muniz, diretora de Pesquisa, Análise da Informação e
Desenvolvimento de Pessoal em
Segurança Pública da Senasp.
Criado em 1995, o Infoseg já
consumiu R$ 20 milhões, trabalha com dados muitas vezes desatualizados e é subutilizado: 64,4%
das consultas buscam informações sobre placas de carros; apenas 12,8% procuram dados relacionados a indivíduos.
Neste ano, a Senasp investiu R$
4 milhões para melhorar a operacionalidade do sistema, que caía
constantemente -o que baixava
sua credibilidade. O número de
consultas subiu 66% sobre 2002.
Amanhã o Infoseg começará a
operar três vezes mais rápido e
exibindo as bandeiras dos Estados responsáveis pelos dados
apresentados a uma consulta. "O
principal ganho desse novo formato -e principalmente de sua
utilização- será a integração das
instituições e a redução da impunidade", afirma Renato Lima,
coordenador-geral de análise da
informação da Senasp.
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