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DESARMAMENTO
Lobby atrasa tramitação, diz deputado
FERNANDA KRAKOVICS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O presidente da CCJ (Comissão
de Constituição e Justiça), deputado Luiz Eduardo Greenhalgh
(PT-SP), atribuiu ontem a dificuldade de tramitação do Estatuto
do Desarmamento na Câmara
aos lobbies das indústrias de armas e munições, que seriam fortes na Casa. O projeto foi aprovado no Senado em julho, mas ainda não entrou na pauta para votação na Câmara.
Pelo projeto, passa a haver somente o porte de armas federal
(hoje é concedido também pelos
Estados), os crimes de portar, deter, fabricar, vender e emprestar
arma de fogo, acessório ou munição ilegais tornam-se inafiançáveis, entre outras medidas.
Ontem 19 secretários estaduais
de Justiça, Administração Penitenciária e de Direitos Humanos
entregaram a Greenhalgh manifesto de apoio ao estatuto e cobraram sua aprovação pela Câmara.
"Aqui [na Câmara] tem o lobby
das empresas de armas de fogo e
munição, que querem continuar
armando a sociedade", afirmou.
O estatuto também conta com a
pressão contrária dos secretários
estaduais de Segurança Pública.
Eles são contra tornar os crimes
relacionados a armas inafiançáveis, pois as penitenciárias já estão superlotadas.
Greenhalgh disse que vai pedir,
na próxima reunião de líderes da
Câmara, regime de urgência ao
projeto, o que permitiria pular a
etapa das comissões, na qual o
texto pode ser modificado.
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