São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 2006

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MEMÓRIA HISTÓRICA

Bens de Minas tombados pelo Iphan ganham atlas digital

DA AGÊNCIA FOLHA

A PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Minas lançou nesta semana um catálogo digital com dados sobre os 214 bens tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) no Estado.
O Atlas Digital dos Bens Móveis e Imóveis de Minas Gerais é resultado de quatro anos de pesquisas e 102 viagens a 47 cidades mineiras. Disponibilizado em CD, traz dados como a localização por satélite, descrição, fotos, data de tombamento e situação atual dos bens tombados.
Segundo o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da PUC-MG e coordenador do projeto, João Francisco de Abreu, cerca de 10% dos bens catalogados estão em estado "lamentável" de conservação. Os 90% restantes, disse, estão em condições razoáveis ou boas.
Entre os bens em situação crítica, Abreu citou os remanescentes da fazenda do Pombal, em Ritápolis (204 km de Belo Horizonte). O alferes Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), o Tiradentes, principal líder da Inconfidência Mineira, nasceu na fazenda.
Outros exemplos de imóveis em mau estado de conservação são a antiga estação ferroviária e a casa de saúde Carlos Chagas, ambas em Lassance (280 km de Belo Horizonte). A casa de saúde foi o local em que o médico Carlos Chagas (1878-1934) descobriu, em 1909, a doença que levou seu sobrenome.
Cerca de dez professores e 30 alunos participaram da produção do catálogo, coordenada pelo programa de pós-graduação em geografia da PUC-MG. O custo do projeto foi de R$ 320 mil. A Fapemig (órgão estadual de fomento à pesquisa) entrou com R$ 210 mil e a PUC-MG bancou o restante.


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