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PM aponta origem para "Tropa de Elite" pirata
Responsável por legendas é suspeito de ter feito cópia
MALU TOLEDO
DA SUCURSAL DO RIO
A polícia do Rio ouviu ontem
Marcelo dos Santos Lima, 26,
que fazia legendas para versão
internacional do filme "Tropa
de Elite", que tem uma versão
pirateada à venda no comércio
ilegal de diversas cidades. Ele
prestou depoimento ontem,
suspeito de ter feito a primeira
cópia ilegal do DVD. Mas as investigações para descobrir
quem pirateou "Tropa de Elite"
partiram da exibição de uma
cópia ilegal no BOPE (Batalhão
de Operações Especiais da PM,
que é tema do filme).
O DVD foi feito numa empresa de legendas e passou por seis
pessoas até chegar a um PM,
que levou o filme à corporação
há um mês. O filme foi exibido
em vários quartéis da PM e,
quando chegou ao BOPE, Rodrigo Pimentel (ex-BOPE), co-roteirista do filme foi avisado.
As investigações duraram
dez dias e, segundo o delegado
Angelo Ribeiro, titular da
DRCPIM (Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a
Propriedade Imaterial), foram
ouvidas diversas pessoas e recolhidas provas documentais
até chegarem ao nome de Lima,
que fazia as legendas da empresa Drei Marc. As cópias dos filmes passavam por essa empresa terceirizada antes de irem
para os Estados Unidos.
"Considero o caso encerrado.
Depois de uma série de depoimentos, hoje sabemos que o
Marcelo foi o primeiro a fazer a
cópia. A princípio, para ceder
para um amigo, que participou
como ator do filme e depois fez
outra cópia. Para poder mandar para juízo ainda tem alguns
detalhes, como o laudo pericial", disse o delegado Ribeiro.
Segundo o delegado, Lima vai
ser indiciado de violar direito
autoral. Segundo ele, até ontem
as investigações não apontavam que as cópias tivessem sido feitas visando lucro. A lei
prevê para esses casos até quatro anos de prisão.
O filme é o mais vendido e o
mais apreendido nas bancas de
camelôs do Rio. Em uma única
operação na Baixada Fluminense, realizada ontem, foram
apreendidos 300 DVDs.
"Estou muito feliz com o trabalho da DRCPIM e do delegado Ribeiro, que conseguiram
desbaratar esse grupo e por tabela, provar que não era uma
jogada de marketing", disse o
diretor José Padilha.
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