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São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 2003

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ABASTECIMENTO

Volume liberado pelo sistema Cantareira não atendeu à alta demanda

Calor "atrasa" volta da água em SP

Keiny Andrade/Folha Imagem
Moradoras do Parque Anhanguera, uma das regiões afetadas


DA REPORTAGEM LOCAL

Por causa do consumo acima do esperado na retomada do fornecimento de água pelo sistema Cantareira -após obras de manutenção que duraram 15 horas e terminaram no sábado à noite-, 400 mil moradores da capital e Grande São Paulo ficaram sem água por pelo menos 24 horas a mais do que o previsto pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Moradores de Franco da Rocha, Francisco Morato e Osasco (região metropolitana) e dos bairros de Perus e Pirituba (zona norte de SP) estão há três dias sem água nas torneiras. A expectativa da Sabesp é que o abastecimento só tenha sido normalizado hoje de madrugada. Inicialmente as previsões mais pessimistas eram de que essas regiões, por serem mais distantes e altas, voltassem a ter água até o meio-dia de ontem.
O calor de domingo pegou a Sabesp de surpresa, diz Amauri Pollachi, gerente de Controle do Abastecimento da companhia. Segundo ele, a previsão meteorológica era de frio e chuva.
Por causa das altas temperaturas, as pessoas gastaram muita água, e o volume liberado com a reabertura do sistema não pôde ser maior porque aumentaria o risco de rachaduras e vazamentos nas tubulações -quando o fornecimento é cortado, os dutos se enchem de ar, que depois é expulso por meio de ventanas, mas, ainda assim, oferece certa resistência à reentrada da água.
Para atender hospitais, creches, escolas, asilos e orfanatos que ficaram ontem sem água, a Sabesp afirmou ter usado carros-pipa. Mas, na escola municipal Imperatriz Leopoldina, em Pirituba (zona norte), os alunos tiveram a jornada de aulas reduzida pela metade devido à falta d'água. Segundo funcionários da escola, a caixa-d'água, capaz de armazenar 25 mil litros, esvaziou-se no fim da manhã. O carro-pipa não havia chegado na escola até a tarde.
Apesar do atraso na normalização do serviço, Pollachi diz que a parada do Cantareira foi um sucesso. O sistema abastece 9 milhões de pessoas. Reclamações sobre falta de água podem ser feitas pelo telefone 195.


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