São Paulo, quarta-feira, 30 de outubro de 2002

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Estado de SP deverá fechar até 15 pedágios

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), deve anunciar ainda este ano o fechamento de quase metade das 30 praças de pedágio instaladas nas pistas simples da malha viária concedida no Estado à iniciativa privada. As tarifas nessas praças vão de R$ 1,10 a R$ 3,60.
Em São Paulo há 3.290 km de estradas estaduais privatizadas com 78 praças de pedágio -1.900 km são de pistas simples (sem canteiro), onde estão as 30 praças. Delas, até 15 devem ser fechadas, mas ainda não se sabe quais.
A informação foi dada ontem à Folha pela Artesp (agência reguladora das concessões de rodovias). O motivo do fechamento é o caráter deficitário dessas praças.
Segundo a agência, a manutenção operacional desses postos de cobrança chega a consumir de 40% a 50% da arrecadação -o ideal seria, no máximo, 35%-, sobrando pouco para investimentos e operação da rodovia. Ou seja: o motorista paga para que se mantenha o serviço de cobrança.
Ainda candidato, Alckmin havia anunciado à Folha sua intenção de fechar praças de pedágio. Ontem, reeleito, ele reafirmou o compromisso à rádio Jovem Pan.
Ao jornal, quando foi questionado sobre que contrapartida ofereceria às concessionárias para suprir a perda de arrecadação, o governador respondeu que poderia "compensar com o próprio ônus da concessão". Ou seja: o Estado ofereceria uma espécie de subsídio indireto às empresas, abrindo mão do que têm de receber pela exploração da estrada.
Além da redução no número de praças de pedágio, o governo acena com a possibilidade, segundo a mesma Artesp, de reduzir -já a partir do mês que vem- o custo do sistema Sem Parar.
Hoje o usuário do Sem Parar paga a tarifa do pedágio e mais R$ 5 mensais de taxa administrativa para emissão do boleto bancário. A idéia é acabar com essa taxa para o usuário e, assim, aumentar a adesão ao sistema.


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