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Eleitos esclarecem fim de projetos
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-governador Orestes Quércia diz não se lembrar com precisão das duas promessas de sua
campanha que a Folha menciona
-a Casa da Criança e os Cieps
paulistas. Os projetos foram publicados em diversos jornais na
época da campanha com informações fornecidas pela assessoria
do então candidato. "Onde você
leu isto? Eu nunca falei dessas coisas, que eu me lembre. Não que eu
seja contra", afirma Quércia, hoje
presidente estadual do PMDB.
Ele ressaltou que foi um dos melhores governadores na área. "Fiz
uma obra gigantesca, atendendo a
mais de 200 mil crianças."
O ex-governador Luiz Antônio
Fleury Filho, hoje deputado federal pelo PTB, diz que não foi possível implantar a inspeção veicular em seu governo por causa de
problemas legais. "Não havia uma
legislação federal para definir se a
responsabilidade pelo programa
era estadual ou das prefeituras."
Paulo Tromboni, secretário-adjunto de Transportes do governo
Alckmin, diz que houve uma previsão "muito otimista" durante a
gestão Covas sobre o prazo de
conclusão do Rodoanel. "Achamos que seria possível fazer os
três trechos ao mesmo tempo.
Mas há dificuldades ambientais e
financeiras", afirma. As obras do
próximo trecho, o sul, devem começar até junho de 2005. Não há
previsão para a conclusão dos novos trechos. Miguel Calderaro,
chefe-de-gabinete da Secretaria
de Estado do Trabalho, que coordena o Banco do Povo, diz que há
municípios que não demonstraram interesse no programa -o
que explicaria o fato de a meta
não ter sido atingida. "As prefeituras têm que entrar com 10% dos
recursos. Nem todas querem."
Ademar Gianini, secretário de
Transportes da gestão Erundina,
diz que o Dose-dupla foi retirado
de circulação porque sua manutenção era muito mais cara que a
de ônibus comuns. "Os ônibus de
dois pisos não tinham utilidade
prática, mas sim uma função de
marketing." Os 37 veículos de piso duplo circularam regularmente de setembro de 1988 a dezembro de 1989, a maioria pelo corredor da avenida Nove de Julho.
A assessoria de Paulo Maluf diz
que o ex-prefeito manteve os mutirões de Erundina cujas obras
não estavam embargadas.
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