Ele cometeu suicídio após ter assassinado amante

Vera Gonçalves/Folha Imagem

Enterro de Gilberto G. de Lima, no cemitério municipal de Itaquera

A Polícia Civil marcou para hoje o depoimento de Gilvanete da Silva Lima, mulher do comerciante Gilberto Gomes de Lima, 43, que assassinou sua amante, Andreia Pereira Santana, 31, grávida de dois meses, e cometeu suicídio anteontem, na zona leste de São Paulo.
Antes, o comerciante manteve as duas mulheres em cárcere privado durante cerca de 30 horas, sob cerco policial, dentro de sua loja de móveis.
Para concluir o inquérito, a polícia ainda precisa juntar os exames de dosagem alcoólica e residuográfico de Lima. Ele teria começado a beber uísque e cerveja logo que começou a discutir com as mulheres, quinta-feira à tarde.
Segundo a polícia, Lima reteve as mulheres na loja depois que Andreia chegou ao local e revelou a Gilvanete que era amante dele e estava grávida. Os corpos de Lima e Andreia foram enterrados ontem.
No velório do comerciante, no cemitério municipal de Itaquera, parentes pediram que a imprensa fosse afastada.
De acordo com amigos da família, Gilvanete esperava a saída dos jornalistas do cemitério para comparecer ao velório do marido, enterrado às 13h.
Andreia foi enterrada no cemitério da Vila Formosa, também na zona leste. Durante o velório, familiares não quiseram falar com a imprensa.
Logo no início das negociações, a PM cortou a água e a luz do cômodo onde Gilvanete e Andreia estavam, numa tentativa de forçar a rendição do comerciante. Para José Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional da Segurança Pública, ""não havia outra alternativa".
Ele disse que uma invasão por parte da PM seria um risco muito grande. "O homem poderia se matar e matar as duas mulheres."


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