|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔO 1907
Índios pedem ação da Funai onde Boeing caiu
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O líder indígena caiapó
Megaron Txucarramãe
disse ontem que vai propor que a Funai (Fundação Nacional do Índio)
instale um posto de fiscalização no local dos destroços onde caiu o avião da
Gol. O acidente, em setembro, deixou 154 mortos.
A medida poderia evitar
que curiosos se aproximem do local do acidente,
dentro da reserva Capoto-Jarinã e próximo ao Parque Indígena do Xingu, em
Mato Grosso.
Megaron liderou um
grupo de 30 pessoas -22
delas indígenas- que
apoiou a operação de busca e resgate da FAB (Força
Aérea Brasileira) de vítimas do acidente, que ontem completou um mês.
Administrador da Funai
em Colíder (MT), Megaron, 56, iniciou a viagem
até o local do acidente em
30 de setembro. Percorreu
cerca de 60 km em carros e
barcos até a fazenda Jarinã, base da operação.
O grupo percorreu mais
32 km de barco até encontrar um ponto para acampar na margem do rio Jarinã, que agora servirá ao
posto de fiscalização, diz
Megaron. Depois, andou
mais 6 km até os destroços, com apoio de bússola
e de um major do Corpo de
Bombeiros.
"A primeira coisa que vi
foram pedaços de avião
nas árvores. Mais difícil foi
quando começamos a
achar corpos. Nossa ajuda
era limpar em volta e abrir
caminho para os militares.
Não tocamos em nada."
A FAB continua com
cerca de 310 militares na
operação de busca, sediada na fazenda Jarinã, para
localizar o corpo do bancário Marcelo Paixão, única
vítima cujos restos não foram achados, e destroços
que possam auxiliar nas
investigações. Familiares
do bancário marcaram para hoje uma visita à fazenda Jarinã.
Texto Anterior: Acidentes ferem 23 e matam pedestre em SP Próximo Texto: Queda do Boeing motivou protesto Índice
|