São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 2006

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VÔO 1907

Índios pedem ação da Funai onde Boeing caiu

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O líder indígena caiapó Megaron Txucarramãe disse ontem que vai propor que a Funai (Fundação Nacional do Índio) instale um posto de fiscalização no local dos destroços onde caiu o avião da Gol. O acidente, em setembro, deixou 154 mortos.
A medida poderia evitar que curiosos se aproximem do local do acidente, dentro da reserva Capoto-Jarinã e próximo ao Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso.
Megaron liderou um grupo de 30 pessoas -22 delas indígenas- que apoiou a operação de busca e resgate da FAB (Força Aérea Brasileira) de vítimas do acidente, que ontem completou um mês.
Administrador da Funai em Colíder (MT), Megaron, 56, iniciou a viagem até o local do acidente em 30 de setembro. Percorreu cerca de 60 km em carros e barcos até a fazenda Jarinã, base da operação.
O grupo percorreu mais 32 km de barco até encontrar um ponto para acampar na margem do rio Jarinã, que agora servirá ao posto de fiscalização, diz Megaron. Depois, andou mais 6 km até os destroços, com apoio de bússola e de um major do Corpo de Bombeiros.
"A primeira coisa que vi foram pedaços de avião nas árvores. Mais difícil foi quando começamos a achar corpos. Nossa ajuda era limpar em volta e abrir caminho para os militares. Não tocamos em nada."
A FAB continua com cerca de 310 militares na operação de busca, sediada na fazenda Jarinã, para localizar o corpo do bancário Marcelo Paixão, única vítima cujos restos não foram achados, e destroços que possam auxiliar nas investigações. Familiares do bancário marcaram para hoje uma visita à fazenda Jarinã.


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