São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 2006

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Operação-padrão de controladores de vôo provoca atrasos de 2 h em Cumbica

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA

A operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo de Brasília continuou a causar atrasos ontem em aeroportos de todo o país.
O aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, só voltou a operar normalmente no início da noite de ontem, depois que alguns vôos apresentaram atrasos de duas horas durante o dia.
O problema, segundo o setor de informações do aeroporto, foi em conseqüência do radar de Brasília, que operou em condições precárias no começo da manhã. Por volta das 19h, apenas dois vôos da TAM estavam duas horas atrasados.
No aeroporto de Viracopos, em Campinas (95 km de São Paulo), a média de atrasos foi de pelo menos duas horas em alguns vôos da manhã e da tarde de ontem. A lentidão foi motivada por atrasos em vôos saídos de São Paulo e Brasília.
Pelo menos sete vôos atrasaram no aeroporto de Confins (região metropolitana de Belo Horizonte). O aeroporto não divulgou detalhes.
No aeroporto Eduardo Braga, em Manaus (AM), ocorreram atrasos de até quatro horas, durante a madrugada, em dois vôos da Gol. A situação se regularizou pela manhã.
Os atrasos registrados no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), ficaram em torno de uma hora.

Passageiros
O funcionário público Adolfo Mittestadt, 36, que aguardava para embarcar em Cumbica, defendeu a contratação de mais funcionários para evitar prejuízos aos passageiros. "Se realmente é para aumentar a segurança, tem que dar um jeito e contratar mais controladores."
Já a vendedora Marcela Silva do Nascimento, 23, tem dúvidas a respeito do motivo alegado -a insegurança- para a operação-padrão. "Antes [o controle] não colocava [os vôos] em risco. Por que agora isso tem que mudar?"
O professor universitário Antônio Nunes, 66, que veio de Portugal para participar de um congresso em Porto Alegre, defendeu e apoiou a causa dos controladores. "Uma greve sempre traz prejuízos, mas, se ela é justa, não sou eu que vou ficar contra os trabalhadores", disse o professor, que teve que esperar por mais de uma hora para poder embarcar com destino ao Rio Grande do Sul.
Já a secretária Tereza Silvestre, 47, disse que a decisão dos controladores é uma falta de respeito com as pessoas. "Eles deveriam avisar os passageiros para que a gente não fique esperando aqui no aeroporto".


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