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CÁRCERE DE RISCO
174 presos e três policiais contraíram a doença em delegacia do PR
Surto de tuberculose fecha cadeia
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Um surto de tuberculose que
atingiu 174 presos e três policiais
civis levou a Justiça estadual a
interditar a cadeia de Umuarama (noroeste do Paraná, a 556
km de Curitiba). Trinta dos detentos desenvolveram a doença
e três precisaram de internamento em razão de agravamento do estado de saúde.
Um relatório do posto de saúde da cidade apontou a presença do bacilo da tuberculose nos
demais presos. O delegado Edson da Rosa, que acompanha o
caso, disse que a suspeita de tuberculose surgiu há três meses,
quando um preso começou a
tossir e a vomitar sangue. Os testes confirmaram a tuberculose.
Apesar de interditada, a cadeia não foi esvaziada por falta
de um outro espaço para receber todos os contaminados e para evitar que eles se misturem a
presos sadios. Em razão disso,
as transferências individuais
também estão vetadas. A delegacia não recebe nenhum novo
detento. "Só os presos com alvará de soltura são libertados e,
ainda assim, com recomendação para que continuem o tratamento em casa", disse Rosa.
No momento, os doentes são
tratados nas celas e só na próxima semana o médico-chefe da
equipe que os acompanha decidirá sobre os internamento.
Rosa diz que não há uma razão especial para a "epidemia".
"A carceragem aqui é insalubre
como toda a cadeia pública do
Brasil. É o retrato da situação do
setor.". Segundo ele, as celas da
delegacia de Umuarama têm capacidade para 64 presos, mas
abriga duas vezes mais.
A tuberculose é uma doença
grave disseminada pelo ar e ataca principalmente os pulmões e
pode ser fatal, se não tratada. A
interrupção do tratamento, que
dura seis meses, pode fazer a
doença voltar.
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