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Passageiros sofrem em Cumbica com a falta de vagas em aeronave da TAM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia depois de o governo
federal ter proibido o overbooking, 31 pessoas com bilhetes
da TAM não conseguiram embarcar ontem no aeroporto de
Cumbica, em Guarulhos
(Grande SP), porque havia mais
passageiros do que lugares disponíveis no vôo para Fortaleza.
O problema ocorreu com a
aeronave que decolou às 9h30.
Os passageiros foram transferidos para um vôo que partiu somente às 13h20.
A assessoria de imprensa da
TAM informou que a remarcação foi necessária devido a uma
reacomodação de passageiros,
reflexo dos atrasos e cancelamentos ocorridos nos dias anteriores. A companhia negou
que tenha ocorrido overbooking (venda de bilhetes acima
da capacidade da aeronave).
No restante do dia, apesar de
a situação estar mais tranqüila
em relação à sexta-feira que antecedeu ao Natal, ainda houve
registro de atrasos.
A professora universitária
Graça Medeiros, 53, por exemplo, vinha de Porto Alegre e
perdeu a conexão que faria em
Cumbica para Recife em um
vôo da TAM, porque o avião demorou uma hora para sair do
Rio Grande do Sul.
Ela e outros dez passageiros
foram realocadas em um vôo
que partiu cinco horas mais
tarde. "E ainda fui ameaçada
por uma funcionária de ser presa se continuasse reclamando."
Os maiores atrasos registrados em Guarulhos foram em
vôos que partiam ou chegavam
de Buenos Aires. Um avião da
companhia Lan, proveniente
da capital argentina, atrasou
mais de sete horas.
Até o fechamento desta edição, a Anac (Agência Nacional
de Aviação Civil) não havia divulgado o balanço dos atrasos e
cancelamentos do dia.
Cancelamentos
Em Congonhas (zona sul de
SP), os painéis de informação
registraram quatro cancelamentos de vôos. A Anac informou que três deles já estavam
programados e autorizados pela agência.
O outro foi um vôo da Gol,
que saiu às 8h05 em direção ao
Rio de Janeiro. Todos os passageiros foram transferidos para
uma aeronave que partiu meia
hora depois.
Em nota, a ANAC informou
que não haveria sanção em decorrência desses fatos.
Até o fechamento desta edição, não havia registro de vôos
com atrasos superiores a uma
hora em Congonhas ou filas fora da normalidade.
(FELIPE BÄCHTOLD E FÁBIO TAKAHASHI)
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