da Folha Campinas

O advogado Artur Eugênio Mathias disse ontem que o depoimento do traficante Wilson Werich à CPI do Narcotráfico foi ""montado e orquestrado" por alguns deputados da comissão.
Mathias é acusado pela CPI de ser um dos principais integrantes do crime organizado. Ele foi citado ontem por Werich.
""Ele é mais um dos atores contratados pela CPI. Não conheço essa pessoa (Werich). Isso é coisa de alguns deputados fascistas que integram a comissão."
O advogado permaneceu preso durante cerca de três meses a pedido da CPI e da Justiça de Igarapava (SP), sob acusação de participação em roubo de cargas. Ele conseguiu um habeas corpus e está em liberdade desde 29 de fevereiro passado.
""Minha prisão foi arbitrária e uma farsa. Fui acusado até de latrocínio pela CPI. Essa foi a primeira prisão por latrocínio no país sem a existência do corpo da vítima", disse Mathias.
O investigador Antônio Lázaro Constâncio, o Lazinho, não foi encontrado ontem pela reportagem.

Sozza
O advogado de William Walder Sozza, Herberto Guimarães, disse ontem que vai esperar a manifestação do Ministério Público para preparar a defesa do cliente.
""Não acompanhei o depoimento de ontem no Rio, mas desconheço qualquer envolvimento do Sozza com o tráfico de drogas", disse Guimarães. Sozza está foragido desde 14 de outubro do ano passado.
Relatório do DEA (agência norte-americana de combate às drogas) informa que a última localização feita do empresário indica que ele está na cidade de Capitán Bado, no Paraguai, em uma fazenda. (MS)

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