São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 2000


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Unicamp estuda adoção de "lei seca"

LUCIANO CALAFIORI
da Folha Campinas

Na mesma semana em que quatro estudantes de engenharia mecânica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) foram presos por cultivar 76 pés de maconha em casa, a universidade confirmou que está estudando proibir a venda de bebidas alcoólicas e de cigarros no campus.
De acordo com a Unicamp, a proposta de ""lei seca" já existe há pelo menos um mês, mas a comissão não tem detalhes de como a proibição funcionaria e quando passaria a vigorar.
A universidade nega que a proposta de proibição tenha sido motivada pela prisão dos estudantes de engenharia mecânica, mas a detenção foi discutida pelo Conselho Universitário anteontem.
O campus de Campinas (a 99 km de SP) da Unicamp tem 20 mil estudantes e cerca de 50 bares e lanchonetes que vendem cigarro e cerveja.
A universidade não divulgou números de consumo de bebidas alcóolicas e de tabaco, mas admite estar preocupada com o uso de drogas lícitas no campus.
A proposta da reitoria já causa polêmica no campus. Estudantes e comerciantes são contra.
Para o estudante do curso de música Giuliano Tosin, 23, a proibição da faculdade é o reflexo da sociedade.
""Se o sujeito fuma ou bebe na Unicamp vai beber também fora daqui", afirmou Tosin.
O estudante também disse acreditar que a liberdade será afetada ""Além disso, essa proibição fere o direito de liberdade das pessoas", disse o estudante.
Comerciantes de cigarros e bebidas que pediram para não ser identificados também são contra. Segundo eles, cigarros e bebidas são parte significativa do lucro das lanchonetes.
As lanchonetes administradas pela universidade não vendem cigarros e bebidas com álcool.


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