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Unicamp estuda adoção de "lei seca"
LUCIANO CALAFIORI
da Folha Campinas
Na mesma semana em que quatro estudantes de engenharia mecânica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) foram
presos por cultivar 76 pés de maconha em casa, a universidade
confirmou que está estudando
proibir a venda de bebidas alcoólicas e de cigarros no campus.
De acordo com a Unicamp, a
proposta de ""lei seca" já existe há
pelo menos um mês, mas a comissão não tem detalhes de como
a proibição funcionaria e quando
passaria a vigorar.
A universidade nega que a proposta de proibição tenha sido motivada pela prisão dos estudantes
de engenharia mecânica, mas a
detenção foi discutida pelo Conselho Universitário anteontem.
O campus de Campinas (a 99
km de SP) da Unicamp tem 20 mil
estudantes e cerca de 50 bares e
lanchonetes que vendem cigarro e
cerveja.
A universidade não divulgou
números de consumo de bebidas
alcóolicas e de tabaco, mas admite
estar preocupada com o uso de
drogas lícitas no campus.
A proposta da reitoria já causa
polêmica no campus. Estudantes
e comerciantes são contra.
Para o estudante do curso de
música Giuliano Tosin, 23, a proibição da faculdade é o reflexo da
sociedade.
""Se o sujeito fuma ou bebe na
Unicamp vai beber também fora
daqui", afirmou Tosin.
O estudante também disse acreditar que a liberdade será afetada
""Além disso, essa proibição fere o
direito de liberdade das pessoas",
disse o estudante.
Comerciantes de cigarros e bebidas que pediram para não ser
identificados também são contra.
Segundo eles, cigarros e bebidas
são parte significativa do lucro
das lanchonetes.
As lanchonetes administradas
pela universidade não vendem cigarros e bebidas com álcool.
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