da Reportagem Local

A Secretaria Municipal da Saúde tem 30 dias para esvaziar o prédio onde funciona o hospital Dona Rosa Alves da Silva, na Saúde (zona sudoeste de SP). A retirada foi determinada por uma ordem judicial de despejo por falta de pagamento do aluguel.
O hospital fazia parte do extinto módulo 3 -que hoje integra o módulo central do SIMS (como foi rebatizado o PAS). Em setembro do ano passado, os aluguéis atrasados somavam R$ 5 milhões.
De acordo com a secretaria, o pagamento foi suspenso em novembro de 98, quando um interventor desconfiou de superfaturamento no preço do aluguel.
"O ex-módulo 3 sublocou o imóvel em junho de 96 e passou a pagar R$ 140 mil mensais de aluguel. Mas o dono do imóvel, descobrimos mais tarde, recebia R$ 35 mil da primeira empresa que alugou o prédio", disse Sidney Cardelino, diretor operacional do atual módulo central.
Antes do PAS, o Dona Rosa chamava-se Hospital Saúde e era particular. Quando foi alugado pela cooperativa, ganhou o nome em homenagem à mãe do ex-secretário municipal de Governo, Edevaldo Alves da Silva.
Os 140 leitos de maternidade e pediatria do hospital serão transferidos para os hospitais Jabaquara, Zeferino Vaz e Menino Jesus.
De acordo com Cardelino, a secretaria tentou alugar o imóvel diretamente do proprietário, pagando menos, mas o prédio tem problemas de documentação, o que inviabilizou o negócio.
A oposição avalia que o fechamento do Hospital Dona Rosa Alves da Silva deve prejudicar a vida de quase um milhão de habitantes. Segundo o vereador Adriano Diogo (PT), ele é a maternidade de referência e hospital de retaguarda para uma região que engloba quase 15 bairros.
(AB e SC)


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