São Paulo, domingo, 31 de março de 2002

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LITORAL NORTE

Proibida, extração de palmito-juçara já derrubou 4.900 palmeiras em 5 anos

Pelo menos 2.452 hectares de mata, o equivalente a cerca de 3.000 campos de futebol, foram devastados no Vale do Paraíba e no litoral norte nos últimos cinco anos para a extração do palmito-juçara, uma das principais espécies da mata atlântica.
Os números significam que pelo menos 4.900 palmeiras foram derrubadas, colaborando com a extinção da espécie e com a migração de animais da serra do Mar para outras regiões.
No período, a Polícia Militar Ambiental fez 302 apreensões da espécie com quadrilhas de interceptadores, restaurantes, fábricas clandestinas e principalmente com palmiteiros dentro dos 850 mil hectares do parque estadual da serra do Mar.
A extração do palmito-juçara é considerada crime ambiental. A pena chega a um ano de prisão. Hoje, a região mais devastada fica nos municípios de Ubatuba e São Luís do Paraitinga.
Só 12 guarda-parques e 103 soldados da Polícia Militar Ambiental fiscalizam os três núcleos do parque nas cidades de São Luís do Paraitinga, Ubatuba, Caraguatatuba e São Sebastião.
Os criminosos geralmente não são do litoral. As quadrilhas presas são do Vale do Ribeira, do sul do Estado e de Cunha, onde o extrativismo praticamente disseminou a juçara.
A única arma dos fiscais contra os palmiteiros são as denúncias. As quadrilhas são organizadas, com vigias nas estradas de entorno do parque, radiocomunicadores, celulares e carros de escolta para o transporte. (FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE)


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