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LITORAL NORTE
Proibida, extração de palmito-juçara já derrubou 4.900 palmeiras em 5 anos
Pelo menos 2.452 hectares de
mata, o equivalente a cerca de
3.000 campos de futebol, foram
devastados no Vale do Paraíba e
no litoral norte nos últimos cinco anos para a extração do palmito-juçara, uma das principais
espécies da mata atlântica.
Os números significam que
pelo menos 4.900 palmeiras foram derrubadas, colaborando
com a extinção da espécie e com
a migração de animais da serra
do Mar para outras regiões.
No período, a Polícia Militar
Ambiental fez 302 apreensões
da espécie com quadrilhas de interceptadores, restaurantes, fábricas clandestinas e principalmente com palmiteiros dentro
dos 850 mil hectares do parque
estadual da serra do Mar.
A extração do palmito-juçara
é considerada crime ambiental.
A pena chega a um ano de prisão. Hoje, a região mais devastada fica nos municípios de Ubatuba e São Luís do Paraitinga.
Só 12 guarda-parques e 103
soldados da Polícia Militar Ambiental fiscalizam os três núcleos
do parque nas cidades de São
Luís do Paraitinga, Ubatuba,
Caraguatatuba e São Sebastião.
Os criminosos geralmente não
são do litoral. As quadrilhas presas são do Vale do Ribeira, do
sul do Estado e de Cunha, onde
o extrativismo praticamente
disseminou a juçara.
A única arma dos fiscais contra os palmiteiros são as denúncias. As quadrilhas são organizadas, com vigias nas estradas
de entorno do parque, radiocomunicadores, celulares e carros
de escolta para o transporte.
(FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE)
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