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Líder tenta organizar
filial da facção no DF
LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Marcos Herbas Camacho, 33, o
Marcola, que estava na área de segurança máxima, em cela isolada,
foi transferido para uma cela comum e já tenta organizar, segundo a polícia, uma filial do PCC
(Primeiro Comando da Capital)
no Complexo Penitenciário da
Papuda, em Brasília, onde está
preso há quase três meses.
Marcola teria distribuído entre
os presos um "estatuto" manuscrito com dez regras, que foi
apreendido por agentes penitenciários. Teria ainda usado um celular para ligar para São Paulo.
O preso foi transferido para
Brasília em março, a pedido do
ministro da Justiça, José Gregori,
após ter sido rejeitado pela penitenciária de Ijuí (RS).
O presidiário, um dos líderes do
PCC, ajudou a organizar a megarrebelião em 29 penitenciárias de
São Paulo em fevereiro.
Segundo a Folha apurou, a sigla
do comando brasiliense, P.L.D.,
significa "Partido Liberdade e
Dignidade". O manuscrito teria
sido ditado por Marcola a um outro presidiário, Edvando Nascimento Matos, 22, o Pataxó. O celular foi apreendido com Pataxó.
O estatuto determina que seja
criado um "caixa" para financiar
a compra de drogas "para render
e controlar a prisão" e gerar recursos para a aquisição de armas e
para organizar fugas.
O juiz Sebastião Coelho da Silva,
do Tribunal de Justiça do DF, determinou a transferência de Marcola da ala de segurança máxima
para uma cela comum devido a
condições inadequadas.
Para Silva, a suposta participação de Marcola na autoria do manuscrito se deve à "conveniência
ou incompetência da administração do presídio".
O juiz disse ontem a deputados
distritais que não voltará atrás em
sua decisão, que deve ser contestada pelo Ministério Público do
Distrito Federal.
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