São Paulo, quinta-feira, 31 de maio de 2001

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SAÚDE

Inscrições de médicos frustram a prefeitura

FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

Apenas 280 médicos se inscreveram no primeiro dia do processo de contratação emergencial da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. O número de inscritos corresponde, até agora, a 21,5% da meta da prefeitura, que pretende contratar 1.300 médicos. As inscrições acabam hoje às 16h.
Essa é a segunda vez que o governo da prefeita Marta Suplicy (PT) contrata médicos em caráter emergencial. Na primeira, no início do ano, havia 1.800 vagas, mas apenas 800 foram preenchidas.
Agora, foram criadas outras 300 vagas. Só que, dessa vez, a prefeitura ofereceu um salário-base maior, de R$ 1.911, devido a uma gratificação dada por Marta aos profissionais de saúde. O piso salarial anterior era de R$ 764.
Dentro de pouco mais de um mês, a administração vai reassumir todas as unidades de saúde que estavam anteriormente sob controle das cooperativas do Sims (Sistema Integrado Municipal de Saúde), o antigo PAS (Plano de Atendimento à Saúde).
O governo já prevê iniciar a retomada do sistema com déficit de funcionários, que tem valor atual estimado em cerca de 5.400 profissionais, entre médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e auxiliares técnico-administrativos, de acordo a secretaria.
A coordenadora de Recursos Humanos da secretaria, Rose Inojosa, reconheceu que o número de inscrições foi baixo e que frustrou sua expectativa. "Não sei se deu tempo de divulgar", disse. A prefeitura poderá abrir novas contratações até preencher as vagas.

Organização
A oftalmologista Claudia Notrispe Ungaro, 27, realizou a inscrição ontem mas reclamou da falta de organização. De acordo com ela, uma funcionária lhe informou que só haveria salário de R$ 1.911 para médicos que aceitassem trabalhar em locais distantes. "Além disso, eles não têm relação dos possíveis locais de trabalho."
Segundo Rose, o salário-base é igual para todos os profissionais e pode ter havido "alguma confusão". Ela afirmou ainda que a secretaria não informou os locais de trabalho para ter maior flexibilidade ao distribuir os candidatos.
Claudia disse ainda que alguns colegas reclamaram de não ter meios de comprovar a experiência exigida, de seis meses.



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