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VIOLÊNCIA
Vítima de atentado em Jundiaí era relator de comissão
Vereador de Franco da Rocha morto a tiros ia apurar denúncia sobre lixo
DO "AGORA"
O vereador Júlio Calegari (PFL),
32, morto a tiros anteontem em
suposto atentado ocorrido em
Jundiaí, era relator de uma comissão que investigaria irregularidades no contrato da Prefeitura de
Franco da Rocha com uma empresa que tratava o lixo.
Calegari tinha acabado de deixar a sessão da Câmara de Franco
da Rocha (Grande São Paulo) e ia
jantar em companhia do presidente da Casa, Carlos Aparecido
da Silva (PMDB), e outras três
pessoas -os advogados Vitório
Bassani e Gilberto Bássero, que
trabalham na Câmara, e um amigo cujo nome não foi divulgado.
Todos estavam no Vectra que
pertence a Silva. Quando o carro
parou em um semáforo na entrada de Jundiaí (60 km a noroeste
de SP), dois homens desceram de
um Gol preto e dispararam várias
vezes contra os vereadores.
Cinco tiros atingiram Calegari,
que morreu na hora. Silva levou
um tiro nas costas e está internado no Hospital São Vicente de
Paula, em Jundiaí.
A bala se alojou perto de sua coluna vertebral. Ele foi operado ontem e às 19h estava em situação
"estável", segundo informou o
hospital, que não soube explicar
se o vereador ainda corria risco de
morte. Os acompanhantes não
foram feridos.
Para a polícia, a única certeza é
que o crime foi "encomendado".
Será investigado, agora, se o alvo
dos bandidos era mesmo Calegari
ou o presidente da Câmara. Ambos foram eleitos pela mesma coligação que elegeu o prefeito, Roberto Seixas (PTB).
Silva já sofreu um atentado durante o ano passado, quando levou um tiro no braço. O caso ainda não foi esclarecido.
Já o vereador Calegari começava a investigar uma denúncia
apresentada à Câmara por Rodrigo Hernandez, suplente de vereador pelo PSDB e filho do ex-prefeito José Benedito Hernandez
(PSD), adversário político do prefeito desde 1999.
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