São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 2002

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OUTRO LADO

Juiz-corregedor do Dipo não fala de autorizações

DA REPORTAGEM LOCAL

O juiz-corregedor do Dipo, Maurício Lemos Porto Alves, informou ontem, por meio da assessoria do Tribunal de Justiça, que não comentaria as ações do Gradi.
O magistrado também não quis falar sobre as autorizações de grampo que deu à Polícia Federal no início do ano -números de telefone de lideranças do PT em Santo André.
O ex-secretário da Segurança Pública Marco Vinicio Petrelluzzi, criador do Gradi, disse ontem que não tinha detalhes das operações da PM com grampo telefônico. As interceptações reveladas pela Folha ocorreram no período em que ele esteve na pasta. "Nenhum caso de interceptação telefônica passava por mim. Era secretário, não delegado", afirmou.
Ontem, o ex-secretário, que também é promotor, defendeu o trabalho policial com presos para investigar organizações criminosas, apesar de dizer que não sabia das infiltrações que os presos fizeram com a PM.
"Não acho que fazer infiltração em uma organização, que é evidentemente feita por presos, e utilizar contatos de dentro das prisões para diligências seja ilegal", disse o secretário.
Segundo ele, se houve abuso, há ilegalidade, que precisa ser investigada. Petrelluzzi defendeu apuração da denúncia dos presos que acusam policiais do Gradi de tortura.
O ex-secretário afirmou ainda que as ações do serviço de inteligência da PM não podem ser consideradas ilegais. "Se o juiz autorizou [a saída do preso], a autorização pode ser ilegal, mas não o ato da polícia, que está amparado por ordem judicial. Se o juiz deu erradamente, é outro problema."



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