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OUTRO LADO
Juiz-corregedor do Dipo não fala de autorizações
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz-corregedor do Dipo,
Maurício Lemos Porto Alves,
informou ontem, por meio da
assessoria do Tribunal de Justiça, que não comentaria as
ações do Gradi.
O magistrado também não
quis falar sobre as autorizações
de grampo que deu à Polícia
Federal no início do ano -números de telefone de lideranças
do PT em Santo André.
O ex-secretário da Segurança
Pública Marco Vinicio Petrelluzzi, criador do Gradi, disse
ontem que não tinha detalhes
das operações da PM com
grampo telefônico. As interceptações reveladas pela Folha
ocorreram no período em que
ele esteve na pasta. "Nenhum
caso de interceptação telefônica passava por mim. Era secretário, não delegado", afirmou.
Ontem, o ex-secretário, que
também é promotor, defendeu
o trabalho policial com presos
para investigar organizações
criminosas, apesar de dizer que
não sabia das infiltrações que
os presos fizeram com a PM.
"Não acho que fazer infiltração em uma organização, que é
evidentemente feita por presos,
e utilizar contatos de dentro
das prisões para diligências seja
ilegal", disse o secretário.
Segundo ele, se houve abuso,
há ilegalidade, que precisa ser
investigada. Petrelluzzi defendeu apuração da denúncia dos
presos que acusam policiais do
Gradi de tortura.
O ex-secretário afirmou ainda que as ações do serviço de
inteligência da PM não podem
ser consideradas ilegais. "Se o
juiz autorizou [a saída do preso], a autorização pode ser ilegal, mas não o ato da polícia, que está amparado por ordem judicial. Se o juiz deu erradamente, é outro problema."
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