São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 2002

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SAÚDE 1

Brasil é o pior no continente americano, diz organização

OMS alerta para o risco de nova pandemia de dengue no mundo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou ontem que pode haver uma ampliação dos casos de dengue no mundo. O Brasil, com 672 mil casos no primeiro semestre deste ano, foi citado como o país em pior situação no continente americano.
Segundo a agência Reuters, o especialista da OMS Mike Nathan disse que a propagação da doença neste ano está muito parecida com a pandemia (doença epidêmica amplamente difundida) de 1998, quando foram registrados 1,2 milhão de casos no mundo.
Procurados pela reportagem da Folha, o Ministério da Saúde e a Funasa (Fundação Nacional da Saúde) não se manifestaram.
Para a OMS, cerca de 2,5 bilhões de pessoas estão expostas à doença por ano. Segundo Nathan, é preciso que os governos implementem ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e que a população ajude a evitar focos.
No Brasil, segundo dados da Funasa, a dengue hemorrágica atingiu mais de 2.000 pessoas e causou 96 mortes neste ano. Em 1998, foram 105 casos da forma hemorrágica e dez mortes. O programa deste ano de combate à dengue no país tem R$ 1 bilhão.
Para o presidente da organização não-governamental Viva Rio, Rubem César Fernandes, a mobilização da sociedade traz resultados favoráveis, mas cabe aos governos orquestrar o movimento. Segundo ele, "se cada pessoa cuidar do seu pedacinho e do do seu vizinho", o problema se resolve.
Ele avalia que o Dia D de combate à doença ocorreu muito tarde (março) e que o Brasil não tem cultura de prevenção. O próximo Dia D será em 23 de novembro.



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