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Protestos na região da 25 de Março devem continuar
Camelôs dizem que terão reforço do Brás e da Sé hoje
DO "AGORA"
Os ambulantes disseram que as
manifestações terão continuidade
hoje. "Os camelôs da praça da Sé,
da avenida Paulista e do Brás vão
engrossar nossos atos amanhã
[hoje]", disse William Dantas, 20,
um dos líderes do grupo. Segundo
ele, os protestos de ontem foram
feitos apenas por camelôs da 25
de Março e do centro velho.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores Ambulantes, Luciano
Carvalho, disse que foi pego de
surpresa pela manifestação.
"Não queremos baderna nem
conflitos com a polícia, mas, se a
prefeitura não sentar para conversar conosco, poderá haver
muito quebra-quebra", disse.
O ambulante Valdomiro de
Souza, 65, foi um dos poucos legalizados que conseguiram trabalhar. Mesmo assim, foi abordado
cinco vezes por fiscais. "Olha aqui
a minha licença. Pago caro para
vender minhas bijuterias", disse
ele ao mostrar o Termo de Permissão de Uso.
Agressão
O dono da rede de lanchonetes
Tio Mega, Diógenes Pereira Galvão, 54, foi ferido no supercílio
após se negar a cumprir a ordem
dos camelôs, que exigiam que baixasse as portas de seu estabelecimento, na praça do Patriarca.
"Aqui vocês não vão entrar e eu
não vou fechar", teria dito Galvão.
Diante da negativa, os manifestantes começaram a atirar pedras
e latas de refrigerante cheias. Um
dos objetos atingiu o rosto de Galvão, provocando um corte. Socorrido, ele levou 13 pontos.
Após a agressão, PMs cercaram
os ambulantes na rua São Bento.
Mais bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas.
Até ontem, os camelôs haviam
migrado para outra quadra. Ontem, a ação da PM e dos guardas-civis tentou evitar que isso se repetisse, usando guinchos para tomar o espaço.
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