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São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2003

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Sem pagamento de resgate, termina após 56 dias sequestro de empresário

DO "AGORA"

Terminou ontem, após 56 dias, o sequestro do empresário Márcio Gyotoko, 34, filho dos donos do Suzano Shopping e proprietário de uma loja de roupas de surfe. Não houve pagamento de resgate.
Gyotoko foi encontrado por policiais rodoviários por volta das 7h30 na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), próximo ao município de Juquitiba, Grande São Paulo. Ele havia sido deixado na estrada por bandidos, que, desde 4 de junho, o haviam mantido em um cativeiro em local desconhecido.
Durante a negociação, os sequestradores cortaram um pedaço da orelha do empresário e o enviaram para a família.
A libertação de Gyotoko só ocorreu após a prisão de Adnaldo Dias, 32, apontado pela polícia como o líder da quadrilha. "Acredito que, após a prisão, os criminosos tenham ficado com medo e resolvido soltar o refém antes que chegássemos até o cativeiro", disse o delegado Wagner Giudice, da DAS (Divisão Anti-Sequestro).
Dias foi preso na tarde de anteontem em uma auto-escola em Poá (Grande São Paulo) com uma identidade falsa. Segundo Giudice, Dias nega ser o chefe do bando. "Mas ele foi responsável pela negociação. E nossas investigações fazem crer que seja o líder."
O criminoso seria um dos quatro encapuzados que sequestraram Gyotoko na noite de 4 de junho, na saída do shopping do pai.
Segundo o refém descreveu à polícia, nos 56 dias em que foi mantido refém ele ficou no que parecia ser um porão. Lá, teve contato com cinco encapuzados que o tratavam com "brutalidade". No último dia 24, os bandidos cortaram 5 cm de sua orelha e a mandaram, com um bilhete, em um envelope para uma fábrica de cerâmica da família, em Suzano. A quadrilha queria R$ 4 milhões para soltar a vítima.
Debilitado, o empresário foi internado, mas passa bem.


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