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Sem pagamento de resgate, termina após 56 dias sequestro de empresário
DO "AGORA"
Terminou ontem, após 56 dias,
o sequestro do empresário Márcio Gyotoko, 34, filho dos donos
do Suzano Shopping e proprietário de uma loja de roupas de surfe.
Não houve pagamento de resgate.
Gyotoko foi encontrado por policiais rodoviários por volta das
7h30 na rodovia Régis Bittencourt
(BR-116), próximo ao município
de Juquitiba, Grande São Paulo.
Ele havia sido deixado na estrada
por bandidos, que, desde 4 de junho, o haviam mantido em um
cativeiro em local desconhecido.
Durante a negociação, os sequestradores cortaram um pedaço da orelha do empresário e o enviaram para a família.
A libertação de Gyotoko só
ocorreu após a prisão de Adnaldo
Dias, 32, apontado pela polícia como o líder da quadrilha. "Acredito que, após a prisão, os criminosos tenham ficado com medo e resolvido soltar o refém antes que
chegássemos até o cativeiro", disse o delegado Wagner Giudice, da
DAS (Divisão Anti-Sequestro).
Dias foi preso na tarde de anteontem em uma auto-escola em
Poá (Grande São Paulo) com uma
identidade falsa. Segundo Giudice, Dias nega ser o chefe do bando. "Mas ele foi responsável pela
negociação. E nossas investigações fazem crer que seja o líder."
O criminoso seria um dos quatro encapuzados que sequestraram Gyotoko na noite de 4 de junho, na saída do shopping do pai.
Segundo o refém descreveu à
polícia, nos 56 dias em que foi
mantido refém ele ficou no que
parecia ser um porão. Lá, teve
contato com cinco encapuzados
que o tratavam com "brutalidade". No último dia 24, os bandidos cortaram 5 cm de sua orelha e
a mandaram, com um bilhete, em
um envelope para uma fábrica de
cerâmica da família, em Suzano.
A quadrilha queria R$ 4 milhões
para soltar a vítima.
Debilitado, o empresário foi internado, mas passa bem.
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