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São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2003

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Presos dois acusados pela morte de um segurança do filho de Lula

DA REPORTAGEM LOCAL

Os dois suspeitos de assassinar o subtenente do Exército Alcir José Tomasi, 44, eram ladrões de carro, escolheram o veículo por acaso e não sabiam que o militar fazia parte da escolta de Sandro Luiz, 24, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As conclusões são da polícia paulista, que apontou o crime ocorrido no dia 18 de junho como esclarecido. Tomasi e o cabo do Exército Nivaldo Ferreira dos Santos, 29, foram baleados na frente da casa da namorada de Sandro Luiz em Santo André, na Grande São Paulo. O subtenente morreu no dia seguinte.
Os acusados pelo crime são dois jovens moradores de São Mateus (zona leste de São Paulo). Segundo a polícia, o vendedor de veículos Matson Rodrigo Alcântara Ribeiro, 19, e o borracheiro Diogo Neiva Daniel, 21, teriam confessado o crime, mas um aponta o outro como autor do disparo que matou o subtenente.
Vestígios das digitais de Ribeiro foram achadas, de acordo com os policiais, no Astra usado pelos seguranças de Sandro Luiz, abandonado depois do assassinato.
Segundo o diretor do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), Nelson Silveira Guimarães, os dois acusados procuravam um Gol -encomenda para um desmanche- quando viram os dois seguranças no Astra. A idéia era usar o Astra para encontrar o Gol.
Na abordagem, Ribeiro e Daniel teriam dito que eram policiais da corregedoria. Os militares tiveram então as armas retiradas e foram colocados contra a parede.
Segundo a polícia, os ladrões mandaram os seguranças se ajoelharem, mas Tomasi se recusou e foi baleado. O cabo correu, foi perseguido e ferido pelos ladrões.
Ribeiro não tinha antecedente criminal. Daniel estava preso por tentativa de roubo de carga e tinha duas passagens por receptação de material roubado.

Outro lado
Ribeiro foi apresentado ontem, mas a polícia não permitiu que ele desse sua versão aos repórteres. Nenhum advogado dos acusados acompanhou a apresentação.


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