UOL


São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ENSINO SUPERIOR

Alunos de graduação poderão estudar por até um ano em outra universidade ou faculdade mantida pela União

Federais lançam intercâmbio de alunos

MARIANA VIVEIROS
DA REPORTAGEM LOCAL

A partir do segundo semestre letivo de 2003, alunos de graduação do ensino superior federal poderão estudar por até um ano em qualquer universidade ou faculdade mantida pela União no país.
Para se inscrever no programa de intercâmbio -viabilizado pela Andifes (associação que reúne os reitores das instituições federais de ensino superior)-, o estudante precisa já ter concluído pelo menos um ano do curso com, no máximo, uma reprovação.
Os interessados em participar do programa devem procurar a pró-reitoria de graduação de sua universidade para obter mais informações.
A escolha da instituição de destino e das disciplinas a serem cursadas lá fica a cargo do estudante, mas o intercâmbio está sujeito à disponibilidade de vagas.
Os créditos que forem cumpridos no intercâmbio serão descontados do total exigido pela escola de origem do estudante.
Durante o intercâmbio, o aluno mantém vínculo com a instituição que o recebe, mas não perde a ligação com a de onde saiu.
As intenções da Andifes com o programa são fortalecer a noção de sistema federal de ensino superior, em detrimento da de unidades isoladas, e oferecer aos estudantes a oportunidade de buscar uma formação específica, um diferencial, que não encontrariam nas suas instituições de origem, diz o coordenador do projeto, Evaldo Vilela, reitor da Universidade Federal de Viçosa (MG).
"Se funcionar como esperamos, será uma revolução", afirma. A condicional é usada porque Vilela admite que o programa não começa em sua forma ideal.
Por enquanto, os alunos terão de bancar a viagem e as despesas de hospedagem -residências universitárias não são garantidas. É possível também haver incompatibilidade curricular entre as instituições -o que pode significar que alguns créditos não sejam aproveitados. E as diferenças no calendário das federais, por causa das greves, pode dificultar a operacionalização do intercâmbio.
Vilela diz que a Andifes já está em negociação com bancos para conseguir verba para os estudantes e afirma achar que as diferenças nos currículos devem ser "azeitadas" em dois anos de prática da experiência. Já quanto às greves não há o que fazer.
"As universidades estão planejando o intercâmbio há dez anos, e ele não saía do papel porque não havia dinheiro. Essa é a chance de fazermos uma inovação no sistema, e resolvemos agarrá-la", diz.
Segundo ele, a experiência de mobilidade estudantil na Comunidade Européia, iniciada há cinco anos, tem se mostrado um sucesso: 2 milhões de estudantes já teriam participado do programa.


Texto Anterior: Violência: Pagodeiro morre em tentativa de assalto no Rio
Próximo Texto: Detento é indiciado pela morte de Marcinho VP
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.