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ENSINO SUPERIOR
Alunos de graduação poderão estudar por até um ano em outra universidade ou faculdade mantida pela União
Federais lançam intercâmbio de alunos
MARIANA VIVEIROS
DA REPORTAGEM LOCAL
A partir do segundo semestre
letivo de 2003, alunos de graduação do ensino superior federal poderão estudar por até um ano em
qualquer universidade ou faculdade mantida pela União no país.
Para se inscrever no programa
de intercâmbio -viabilizado pela
Andifes (associação que reúne os
reitores das instituições federais
de ensino superior)-, o estudante precisa já ter concluído pelo
menos um ano do curso com, no
máximo, uma reprovação.
Os interessados em participar
do programa devem procurar a
pró-reitoria de graduação de sua
universidade para obter mais informações.
A escolha da instituição de destino e das disciplinas a serem cursadas lá fica a cargo do estudante,
mas o intercâmbio está sujeito à
disponibilidade de vagas.
Os créditos que forem cumpridos no intercâmbio serão descontados do total exigido pela escola
de origem do estudante.
Durante o intercâmbio, o aluno
mantém vínculo com a instituição que o recebe, mas não perde a
ligação com a de onde saiu.
As intenções da Andifes com o
programa são fortalecer a noção
de sistema federal de ensino superior, em detrimento da de unidades isoladas, e oferecer aos estudantes a oportunidade de buscar
uma formação específica, um diferencial, que não encontrariam
nas suas instituições de origem,
diz o coordenador do projeto,
Evaldo Vilela, reitor da Universidade Federal de Viçosa (MG).
"Se funcionar como esperamos,
será uma revolução", afirma. A
condicional é usada porque Vilela
admite que o programa não começa em sua forma ideal.
Por enquanto, os alunos terão
de bancar a viagem e as despesas
de hospedagem -residências
universitárias não são garantidas.
É possível também haver incompatibilidade curricular entre as
instituições -o que pode significar que alguns créditos não sejam
aproveitados. E as diferenças no
calendário das federais, por causa
das greves, pode dificultar a operacionalização do intercâmbio.
Vilela diz que a Andifes já está
em negociação com bancos para
conseguir verba para os estudantes e afirma achar que as diferenças nos currículos devem ser
"azeitadas" em dois anos de prática da experiência. Já quanto às
greves não há o que fazer.
"As universidades estão planejando o intercâmbio há dez anos,
e ele não saía do papel porque não
havia dinheiro. Essa é a chance de
fazermos uma inovação no sistema, e resolvemos agarrá-la", diz.
Segundo ele, a experiência de
mobilidade estudantil na Comunidade Européia, iniciada há cinco anos, tem se mostrado um sucesso: 2 milhões de estudantes já
teriam participado do programa.
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