ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Se fosse preciso, Caio Luiz Prado Alfaya saberia realizar salvamentos e combater incêndios em alto-mar. Também conseguiria sobreviver na selva. Seu apelido era Comandante Hércules, por ser "parrudo", como conta o filho, também chamado Caio. Para saber tudo isso, fez vários cursos -que incluíram também prevenção de acidentes, direção defensiva, piloto privado e radioamador. "Ele gostava dessas coisas", afirma o filho, que se lembra da época em que o pai costumava montar trenzinhos elétricos numa área próxima ao parque Ibirapuera.
Nos últimos anos, o trabalho que mais lhe roubou energia foi o de secretário-geral do Conselho Geral da Comunidade da PM-SP. "É um conselho civil que leva ideias e dá apoio à polícia", diz o filho. Nascido em Santos, estudou administração e engenharia de sistemas em SP. Trabalhou numa empresa de eletrodomésticos e autopeças e com informática, quando a área ainda engatinhava. Participou de associações (algumas de automobilismo) e fez trabalhos comunitários.
Ganhou, por isso, medalhas da PM, Exército e Marinha. "Determinado" e "independente", sempre manifestava suas opiniões. Diariamente, escrevia uma resenha de teor político, que mandava para cerca de 500 amigos. Morreu sábado, aos 69, após sofrer uma parada cardíaca. Separado, deixa dois filhos e uma neta. A missa de sétimo dia será hoje, às 12h, na igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em SP.

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