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Cerealista é acusado de dar golpe
de R$ 3 mi em agricultores de SP
WAGNER OLIVEIRA
da Agência Folha, em Bauru
A polícia de Marília (SP) está
procurando o comerciante João
Batista Bueno, acusado de aplicar
um golpe de cerca de R$ 3 milhões
em produtores de feijão de várias
cidades do Estado.
Bueno, proprietário do Comércio de Cereais Papel, comprou a
produção de agricultores de Guaíra, Ouro Verde, Dracena e Miguelópolis e teria pago com cheques
sem fundos. O golpe foi descoberto esta semana quando os cheques
dados pelo cerealista começaram a
voltar sem fundos.
O produtor Anélio Crapis, de
Ouro Verde, tentou receber pessoalmente um dos cheques e descobriu que o galpão onde estava
instalada a firma havia fechado.
Os delegados Devando Lima e
Luiz Eduardo Lourenço, do 2º Distrito Policial de Marília, obtiveram
um mandado de busca e encontraram no galpão apenas 60 sacas de
feijão e móveis do escritório.
No apartamento em que o comerciante morava, a polícia encontrou os móveis encaixotados,
prontos para serem transportados. "O que foi encontrado não
cobre 1% do prejuízo", disse Lima.
Crapis contou à polícia que suas
perdas ficaram em torno de R$ 130
mil. Segundo ele, pelos menos outros 40 agricultores de Ouro Verde
venderam toda a produção ao cerealista.
O produtor Leonildo Manhani
disse que seu prejuízo chega a R$
600 mil. Ele afirmou que o preço
oferecido pelo comerciante de Marília não era o melhor, mas vendeu
sua produção porque o negócio
parecia seguro.
A polícia apurou que o cerealista
fazia pequenos pagamentos adiantados aos produtores para não levantar suspeitas. O delegado Lima
acredita que o cerealista tenha fugido para o Paraná. "No domingo, ele tirou 5.000 sacas de feijão
do depósito. Encontramos um dos
motoristas que fez o transporte."
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